quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (PARTE 2) - Gálatas 2:15-21

A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (PARTE 2)
Gálatas 2:15-21

O que é a justificação? Justificação é o ato de Deus aprovar as pessoas de acordo com o padrão de justiça dEle. Cristo é o autor da minha fé e a minha própria justiça. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. 2Co. 5.21. Em Cristo Jesus nós fomos feitos justiça de Deus. A justificação é uma experiência espiritual. Primeiro Deus te coloca em Cristo, você é enxertado Nele. Então a justiça de Cristo é estendida a você, você é justo! Para ser justo não é uma questão de ter apenas seu status mudado é precisa ter os atos de justiça. Os atos de Cristo são os seus atos. A lei é qualquer tentativa de agradar a Deus. Você deseja agradar a Deus? Então olhe para Cristo e confie na graça, Deus já está satisfeito com você.


1.Exposição da problemática – Obras da Lei X Justificação pela fé (v.15-16)

Este trecho explica o porque Paulo resiste Pedro face a face. Paulo está argumentando contra os crentes judaizantes. Por isso Paulo faz um contraste entre a lei e a fé. A doutrina dos judaizantes é: você tem que crer em Jesus e cumprir todos os mandamentos. Para eles a equação é a seguinte: JESUS + MANDAMENTOS = SALVAÇÃO. Ai alguém diz: Mas não tem que melhorar para poder vir pra igreja? Não tem que melhorar nada. Porque sua vida não tem conserto. É por isso que Deus te matou com Cristo (Romanos 6:4). Porque não tinha jeito! Vem do jeito que está Ele vai transformar sua vida! Mas não é um crer de boca pra fora, mas um crer ao ponto de se unir a Ele. E quando eu me torno um com Ele, tudo o que diz respeito a Ele diz respeito a mim. Nessa hora você é livre de tudo, mas é tudo mesmo, álcool, droga, pornografia, mentira, temperamento difícil, etc.. Essa é a verdade do evangelho.

O argumento de Paulo


A primeira opinião era daqueles que diziam que a justificação era por meio das obras da lei. Precisa de muito esforço dizem eles, mas isso é uma impossibilidade. A segunda opinião é a de Paulo que se opõe a isso. Ele diz que é por causa da obra de Cristo (v.16) que somos salvos. E tudo que temos que fazer é concluir que somos incapazes de sermos salvos. Temos que arrepender de nossa justiça própria. Quem crê declara impotente de alcançar o padrão de satisfação de Deus, ou seja, no meu esforço não tem jeito. Isso diz respeito a salvação e a santificação também, do jeito que você recebeu a Cristo ande Nele. Tudo é pela suficiente graça de Deus pra nos sustentar e justificar. Nada é pelo nosso esforço próprio. Não estou dizendo que não existe mais obra. Elas existem, mas depois que somos salvos a obra não é mais para agradar a Deus. A obra é porque nós mudamos de natureza. (Efésios 2:10). Nós somos agora filhos de Deus. E como filhos de Deus nós temos alegria em praticar as obras Dele aqui na terra.

2.Os argumentos dos judaizantes e o contra-argumento de Paulo (v.17)
O argumento dos legalistas (v.17) Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não! Como assim ministro do pecado? Será que Cristo tornou-se ministro do pecado? Esse é o argumento que os legalistas estão falando. Em outras palavras, eles estavam dizendo: Paulo de Tarso quando você ensina que ser justo é somente uma questão de crer em Cristo, você não está estimulando o pessoal a fazer o que quiser na igreja? Você não está estimulando que Cristo é ministro do pecado? Sim porque se tem muito pecado, vamos pecar mais! Porque assim Deus perdoa mais e tem mais glória. E assim, Ele tem mais chance de derramar a sua graça.

O argumento é: Se Deus justifica as pessoas más, pra quê eu vou ser bom então? O que adianta eu ser bom? Se Deus abençoa aquele irmão tranqueira, então por que eu tenho que ser um crente integro? O que isso adianta? Preste atenção. Deus honra sempre a sua graça, mas os dois filhos estão errados (integro e o tranqueira).

Só tem uma diferença, um é o filho pródigo e o outro é o irmão que ficou em casa. Aquele que confia nos seus méritos não desfruta da graça (irmão), mas o outro que vive libertinamente (pródigo) se não arrepender do pecado dele, será disciplinado. A primeira vez gastou tudo com o pecado e depois vem e recebe tudo outra vez. Você não fica meio indignado com isso? Fale a verdade, não parece injusto? Esse é o sentimento dos judaizantes. Mas vamos ser francos. Será que não tem irmãos ainda neste time em nosso meio? Esses são os que ficam muito chateado quando Deus abençoa o pecador. Deus só abençoa pecadores, Deus não abençoa justos.

Se você quer sair daqui hoje abençoado reconheça a sua incapacidade de ser justo, dependa da graça de Deus, confie apenas na obra de Cristo e abandone sua justiça própria. Se fizer isso você vai para casa abençoado. Qual é a benção que Deus dá para o pecador? Deus justifica ele. Nessa hora temos o paradoxo do universo: O pecador é justificado e o justo é condenado! Lembre-se mais uma vez do fariseu e do publicano. Os judaizantes estavam convictos que o evangelho que Paulo pregava era muito barato. Torna os crentes muito frouxos na sua conduta. Será que isso é verdade? Paulo então coloca o argumento dele.

3.A maravilhosa argumentação de Paulo (v.19)

Um cristão que foi justificado, nasceu de novo (v.19): Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; Quando Cristo morreu eu morri com Ele. Como isso aconteceu? A morte e a ressurreição de Jesus não são apenas um evento histórico, mas são acontecimentos dos quais, por meio da união da fé com ele, você e eu viemos a participar. (Vejamos Romanos 6:1-14; Romanos 7:1-6) Quando nos unimos com Cristo a nossa vida antiga acaba! É uma nova vida de fé em Cristo. Pois o amor Dele me constrange. Porque eu entendi que Ele me amou e se entregou por mim. Quando você entende a graça, você realmente não consegue viver mais no pecado. Quem está vivendo no pecado dizendo que está na graça, nunca nasceu de novo na verdade. Mas quanto mais você entende a graça, mais você anda em santidade. Se você não tem conseguido viver em santidade é porque você ainda não entendeu plenamente o amor de Deus por você. Aquele irmão e irmã que acorda pela manhã e olha pro céu e ergue a mão e diz: eu sou amado de Deus, Deus me achou, o favor Dele me alcançou, Ele me conhece pelo nome, Ele me sustenta...
Quanto mais você entende a graça, mais você anda em santidade

Se ele tem essa convicção que é amado, terá muito temor de magoar aquele que o ama! Ele não quer e nem precisa. Quem nasceu de novo não quer isso. Não quer o pecado. Mas nós teimamos em dizer que o filho se comporta bem quando recebe menos carinho e amor. Aquele que não se sente amado por Deus, porque pra Deus ama-lo ele precisa cumprir tudo. Quem sabe que é amado, e está no meio do pecado diz: Gente eu não posso fazer isso, eu sou amado, tem um Deus que me ama. Ele está me olhando agora com olhos de amor, eu não posso fazer isso. Ele não faz porque é proibido de fazer. Mas porque na hora que está fazendo ele ainda consegue ver os olhos de amor de Deus sobre ele. Tudo o que faço é por causa desta convicção: EU SOU AMADO DE DEUS! Você consegue perceber o amor de Deus por você? Nessa hora se cumpre o que Paulo falou (v.20): logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. SOU UM COM CRISTO. Essa vida é Cristo. Ele vive em mim agora. E mais, esse viver no corpo é pela fé no Filho de Deus que me amou. Toda vitória é em fé. Fé na graça. Fé que o seu velho homem já morreu. É a vida pelo Espírito. E esse novo homem que está vivendo ai dentro do seu coração, não quer o pecado. Esse ensino produz crentes transformados de dentro pra fora. Não só por fora. Não é maquiagem, nem mascaras. Ele não está só fazendo de conta que é santo. O coração dele é transformado em um coração santo. É por isso que é necessário mudar o coração! Você precisa ter consciência que é necessário uma obra mais profunda dentro de você, hoje mesmo. E assim, pedir. Porque pela graça aquele que pede recebe! Quantos estão pedindo por mudanças em suas vidas?

Ouça, Deus vai dar pra você. Porque o favor de Deus te alcançou. Os olhos Dele é sobre você. Eu vim aqui hoje pra te dizer...



Você é justificado pela fé e é uma nova criação!


No Amor de Cristo,
Pastor Rodrigo Rodrigues Lima

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ -PARTE 1 - DEFININDO A JUSTIFICAÇÃO - Gálatas 2:15-21


A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ -PARTE 1
DEFININDO A JUSTIFICAÇÃO
Gálatas 2:15-21

Aqui, chegamos a um tópico que é o centro da mensagem do evangelho. Para o fundador do metodismo, John Wesley, a doutrina da justificação contém o alicerce de toda nossa esperança. Na verdade, o cristianismo não existiria se não fosse esta verdade. Eu estou falando da justificação. A justificação é a boa-nova de que somos aceitos diante de Deus não por causa de nossas boas obras e de nosso bom comportamento, mas através de um simples ato de fé em Cristo. Quando cremos em Cristo e na sua obra realizada na cruz, somos declarados justos diante de Deus. Esse é o ponto central (vital) da mensagem do evangelho. Precisamos conhecer essa verdade e aplicá-la em todas as áreas de nossa vida cristã. Você só pode ser salvo se você for justo, não há outra maneira de ser salvo.

1.Como o homem pode ser justo? Ao homem correto e perfeito, Deus deu a lei perfeita no Eden. “Não comerás do fruto”. Porém, o homem desobedeceu, foi deparado de Deus e a morte entrou no mundo, “Portanto, assim como um por um só ser humano entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram.” (Romanos 5:12). Como o homem pode ser justo? A primeira possibilidade é, ele pode ser justo se esforçando para cumprir a lei. Mas Paulo diz que pela lei não tem jeito. A segunda maneira é pela fé em Cristo Jesus. (Isaías 53:4). “Porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça deriva de muitas ofensas, para a justificação.” (Romanos 5:16b) Pela fé em Cristo Jesus eu sou justo, eu sou justificado. Essa é a coluna vertebral da sua fé.  O que significa ser justificado? Justificação é o que Deus fez por nós através do Seu Filho. Justificação é absolvição, o perdão dos pecados. John Wesley escreverá a respeito disso: “Ele não o condenará aquele relato, que neste mundo ou no vindouro. Seus pecados, todos os seus pecados passados, em pensamentos, palavra e feto, estão ocultos, estão apagados, e não deverão ser lembrados o mencionados contra ele, não mais do que se eles não tivessem existido.” É o oposto exato de “condenação”. “Condenar” é declarar uma pessoa culpada; “justificar” é declará-la sem culpa - inocente ou justa. Justificação é o ato do favor imerecido de Deus através do qual Ele coloca diante de si o pecador, perdoando-o, declarando-o sem culpa e ainda aceitando o como justo. Em Romanos 3.24, Paulo diz que fomos “justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. Isso significa que você foi declarado justo por causa da obra da redenção de Jesus na cruz.

2.Quem precisa de justificação? Como um Deus tão perfeito pode declarar que os pecados são justos? A Palavra de Deus diz que todo homem é pecador, no entanto a humanidade não sabia disso. Assim, Deus mandou o seu “prumo” para a terra. O prumo de Deus é a lei. “Porque antes de a lei ser dada havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.” (Romanos 5:13). Veja comigo Romanos 7:7-14. A lei foi dada para ser quebrada, para que o homem possa enxergar sua incapacidade de cumpri-la e assim ver que não pode alcançar a justiça de Deus. Alguém pode dizer pastor não é difícil cumprir a lei, pois ela se resume nos 10 mandamentos, e eles não são difíceis de cumprir! Os primeiros talvez até sejam fáceis: Amar a Deus, guardar o sábado, não mentir, honrar pai e mãe, não matar, não roubar, não adulterar, etc., até aqui com esforço dá pra ir. Mas Paulo diz (Romanos 7:7) quando chega no décimo mandamento, eu descubro que sou um transgressor: Não cobiçará! O que significa não cobiçaras? Não terá desejo pelo que é proibido. Nessa hora todos caem, ninguém consegue guardar esse mandamento. Então, aparece muita gente dizendo que para servir a Deus, você precisa primeiro deixar as coisas erradas e então vir para a igreja! Como isso? Como vou me santificar antes de ser justificado, isto é, perdoado? Somente Jesus foi capaz de cumprir toda a lei.

3.Por que a lei foi nos dada? 1) Revelar Deus. Por isso que a lei é perfeita e boa. Não pense, porque falei que a lei é que nos leva a pecar, que ela é ruim, conforme vimos em Romanos 7:7-14. A lei é como um termômetro que mede o grau da minha febre ou o exame que dá o diagnóstico do tipo de enfermidade que eu tenho. A lei é eterna e é a imagem de Deus. Ele está mostrando a imagem Dele. O intuito era de conhecermos a Deus. Não há Deus como o nosso Deus. Você foi criado para ser semelhante a este Deus, porém o pecado destruiu esta imagem em você. Ele é perfeito, a Sua Lei é perfeita, mas você não. 2) Mostrar que o homem é pecador. Em Romanos 3:19 temos esta afirmação: pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Ela tem o fim de mostrar para o homem que ele é pecador. Ele é incapaz de fazer a vontade de Deus. 3) Para ser obedecida como uma promessa. Aqueles que vivem debaixo da lei, ouvem a lei como uma ordem, por exemplo: Não matarás, eu te ordeno! Essa é a lei. Mas quando se transforma a lei numa promessa ai muda a maneira de ler, ai fica: Não matarás eu te prometo! Entendeu? A lei diz: não pecarás eu te ordeno. Mas a promessa da graça diz: Não pecarás eu te prometo. Essa é a grande diferença entre a lei e a graça. A lei é uma ordem, mas ela não tem recurso para ajudá-lo a cumpri-la. É só uma ordem. Mas a graça transforma a lei numa promessa. O Espírito Santo da promessa habita nos justificados para se cumprir o que está escrito em Ezequiel 36: 26-27“Eu lhes darei um novo coração e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra lhes darei um coração de carne. Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos (lei).”  O Senhor prometeu: eu não vou matar, eu não vou roubar, eu não vou mentir. Porquê? Porque o pecado não tem mais domínio sobre mim. Vejamos Romanos 8:1-5. Não é mais uma ordem, mas uma promessa de Deus para a minha vida. Preste atenção: A graça transforma a lei numa promessa.

4.Como a lei mostra para o homem que ele é pecador? Gostei muito da ilustração de um pastor. Vejamos: Vamos imaginar que todos os irmãos andam arrastando, todos são paralíticos. Você nunca viu um homem andando ereto. Um belo dia Deus vem e diz que deseja revelar a vontade Dele. E a vontade Dele é: Não rastejará mais, todos vão andar ereto. Ai você tenta, pega muleta, arruma um andador, manda fazer um exoesqueleto para fazê-lo ficar ereto e andar. Você tenta de todas as maneiras obedecer a lei, mas você não consegue. Ao final aquilo é penoso, cansativo, trabalhoso e você mal consegue dar alguns passos e cai de novo. E quando menos espera, olha você rastejando de novo. O que você diria a respeito disso? Que você é incapaz de cumprir aquela lei. Talvez você diga: Mas não é muita crueldade de Deus mandar eu andar quando Ele sabe que eu não sou capaz de andar? Porque Deus deu uma lei que eu não sou capaz de cumprir? Já tentei de todo jeito! Deus espera que você clame a Ele. Que você diga: Deus já tentei de tudo, eu reconheço não consigo. O Senhor é justo, se quiser me condenar é justo, pois pra mim é uma impossibilidade, eu não consigo te agradar. Ai então Deus diz: Então eu vou te dar a minha graça, eu vou segurar você em pé a partir de agora. Você vai andar diante de mim porque Eu vou te sustentar todos os dias da sua vida. Por isso quando eu chegar na glória não tenho do que me gloriar, não tenho mérito algum. Não poderei dizer que eu consegui andar por conta própria. Porque foi Ele que me sustentou todos os dias. E porque Deus me sustenta, agora posso cumprir a lei Dele. Então não é eu mesmo que estou cumprindo, mas é a força e o poder Dele que me sustenta pra eu continuar caminhando de pé. A lei é a ocasião para você experimentar a graça. É uma oportunidade para você clamar por misericórdia. Mas qual é o problema dos irmãos? Demoram muito a clamar por misericórdia. Para o seu bem Deus irá deixa-lo cair o tempo inteiro. Preste atenção, o padrão não é alto demais. Ele é simplesmente impossível de cumprir por você mesmo. Deus espera que você clame! Assim como você não conseguiu ser salvo por você mesmo, você também não consegue ser um crente vencedor por si mesmo. Tudo é pela graça. Toda a glória é Dele e toda obra também é só Dele. A vida cristã é no descanso é não no esforço. Pela lei ficamos sabendo que estamos fora do padrão da justiça de Deus. Não era a intenção de Deus justificar o homem por meio da lei; pela lei apenas vem o pleno conhecimento do pecado.

Max Lucado conta que certa vez um homem roubou pão para alimentar sua família. Ele foi pego e a lei mandava que ele fosse preso e condenado. O juiz percebeu que aquele homem não tinha como tirar sua família da miséria sendo preso. Então, o juiz deu uma sentença. Aquele homem deveria pagar uma fiança elevada para, então ser absolvido. Ele não tinha dinheiro! Entretanto, o juiz sacou um cheque e na mesma hora pagou a fiança daquele homem que foi liberado e teve a sua dívida paga.
Meu querido amigo e amiga, Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu único Filho como cheque pelo pagamento da nossa dívida diante Dele. Ele quer te declarar justo nesse dia. Reconheça que não há nada que você possa fazer para merecer o céu. Não adianta ser bonzinho! É necessário ser transformado de dentro para fora crendo nos méritos de Jesus. Ele é quem te declara justo. Na semana que vem entraremos em Gálatas 2:15-21 e aprofundaremos a justificação pela fé.

No amor de Cristo,
Pastor Rodrigo Rodrigues Lima

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Resolvendo conflitos e zelando pela doutrina - Gálatas 2:11-14


Resolvendo conflitos e zelando pela doutrina
Gálatas 2:11-14

Graça e paz amada igreja. Na semana passada mergulhamos na história de Paulo e em seus argumentos para provar que seu evangelho não foi aprendido com homem algum, mas por sua própria experiência, foi recebido do próprio Deus. Em Gálatas 2:1-10 Paulo reforça que seu evangelho é o mesmo pregado por Pedro. Ele dirá: “Pelo contrário, quando viram que me havia sido confiado o evangelho da incircuncisão, assim como a Pedro foi confiado o evangelho da circuncisão – pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para os gentios.” (Gálatas 2:7-8). Paulo vem até agora provando tanto o seu apostolado quanto a sua mensagem argumentando que não foram recebidos de homem algum, nem mesmo dos apóstolos de Jerusalém. Ele prova que não existem dois evangelhos. Temos um único evangelho, com duas abordagens diferentes, mas com o mesmo conteúdo. Uma abordagem para judeus e outra abordagem para gentios de uma mesma mensagem, o Evangelho da graça, de que Cristo morreu pelos nossos pecados e somos justificados pela fé nos méritos de Jesus.
Porém, Pedro sabendo disso tudo, pisará na bola feio e isso dará margem para que se tenha um dos registros mais tensos e dramáticos do novo testamento. É uma passagem constrangedora e das mais polêmicas. Como diria na linguagem atual “A treta foi grande. A coisa foi feia.”
Vale destacar que a questão aqui não é uma disputa de vaidades pessoais. Paulo não está tentando se promover e colocar Pedro em “xeque”. Há uma questão muito mais grave aqui. A igreja está no seu começo e Pedro, sabendo o que evangelho é a salvação somente pela fé, ele estava com sua prática segregadora negando o evangelho. Veja que 1) Pedro tinha o hábito de comer com os gentios (cristãos não judeus) Gálatas 2:12. Inicialmente ele acolhe os gentios e come com eles. Pedro sabia que o evangelho estava aberto aos gentios. Ele mesmo tem uma experiência com Deus nesse tema de alcançar gentios. Vejamos Atos 10:9-16, 28. 2) Covardemente se afasta dos gentios por causa de irmãos judeus (judaizantes) que chegam de Jerusalém em Antioquia. Gálatas 2:12. Aparentemente Pedro o faz por vergonha. O mesmo Pedro que negou a Cristo por medo de uma criada, agora nega a Cristo com medo dos crentes judaizantes. Pedro se preocupa demais com o que os outros pensam a seu respeito. Com essa atitude 3) Pedro dá um mal exemplo como líder. Gálatas 2:13. Os demais judeus se fizeram hipócritas juntamente com ele. Um líder nunca é neutro. Liderança é influência e o fará para o bem ou para o mal. Hernandes Dias Lopes escreve algo muito profundo a respeito disso. Ele escreve: “Precisamos estar atentos para o fato de que, se a vida do líder é a vida da sua liderança, os pecados do líder são os mestres do pecado. Os pecados do líder são mais graves, mais hipócritas e mais danosos do que o pecado das demais pessoas. São mais graves porque o líder peca com maior conhecimento; são mais hipócritas porque o líder condena o pecado dos outros, mas pratica os mesmos pecados que condena; são mais danosos porque, quando o líder tropeça, mais pessoas são influenciadas por seu fracasso.”  
O que está me jogo aqui? O próprio Evangelho! Pedro não está colocando perigo à sua reputação somente, mas a mensagem de Jesus está comprometida. Nasce um conflito doutrinário que compromete a saúde da igreja primitiva. A solução será crucial e queremos ver neste sermão no exemplo deles devemos solucionar conflitos e zelar pela doutrina.

1.A fonte do conflito (v.11-13)
Igreja, detestamos conflitos. O conflito existe porque rejeitamos ouvir a verdade. Nenhum de nós gosta de conflitos. Porém, chegou um momento em que a atitude de Pedro se tornou contraditória com o que ele pregava, como mencionei em Atos 10:28. Não é que Pedro parou de crer no evangelho e nem em suas convicções. Ele continuava crendo e pregando, mas sua conduta foi repreensível. Por quê? 1) Medo (v.12). Pedro não tinha problema algum em comer com os irmãos no começo. O muro que Jesus havia derrubado com o seu sangue não havendo mais distinção entre judeu e grego, estava perigosamente sendo reerguido porque um dos principais líderes da igreja estava se sentindo intimidado. Por medo, Pedro estava negociando a essência da graça. O temor começa com o quê? Com as seguintes perguntas: “O que vão pensar de mim? O que vão achar?” Então você começa a presumir e a se intimidar. Os conflitos acontecem hoje pelo mesmo motivo! Temor de homens! Temor de perder posição, temor porque o outro aparenta ser melhor do que você, temor. Nós sustentamos a verdade do Evangelho ainda que isso contrarie pessoas. O medo foi a chave da queda de Pedro. Cristãos intimidados são capazes de negociar o que acreditam porque querem se parecer legais ou são covardes mesmo. Esses vivem na lei e não na graça! 2) Hipocrisia (v.13) A palavra grega hipocrisia significa "atuar", “fazer fita”. Era fingimento. Um hipócrita é alguém que age como um ator. O dissimulado não deixa claro a sua posição em público, mas no particular tem outra postura. Isso causa muito conflito na igreja. Na vida da igreja não pode haver esse tipo de coisa, mas foi o que Pedro fez. Como dizia um amigo: “É melhor ficar vermelho na hora, do que amarelo o resto da vida.” Seja verdadeiro. É melhor que você seja transparente e diga o que sente e pensa do que sair da igreja por não ser transparente e falar mal por trás. Muitas vezes o maior hipócrita é aquele que sai da igreja sem abrir o coração, pois, não teve coragem de falar o que pensa e acha melhor a fuga e falar mal por detrás. Não seja assim! Por isso, Paulo não tolerou a hipocrisia de Pedro. A acusação de Paulo é séria e evidente. Pedro e os outros agiram com falta de sinceridade e negaram pelo menos 5 doutrinas cristãs: a) A unidade da igreja (v.14); b) A justificação pela fé (v.15, 16); c) A liberdade da lei (v.17, 18); d) O evangelho; e) A graça de Deus (v.21). Veja comigo Atos 10:27-28; 34: “Deus não trata as pessoas com parcialidade.” Pedro reconheceu que ao vir o Espírito Santo sobre Cornélio, um gentio, o evangelho não fazia acepção de pessoas, mas por medo da opinião dos judeus, ele age hipocritamente em Antioquia. Então, Paulo chega junto e diz: o que está relatado no verso 14. 3) Legalismo (v.14) A questão central aqui foi o legalismo. Não adianta uma lista de pode ou não pode! Opiniões sobre conduta e estilos tem sido grande motivo de conflito nas igrejas. Não quero dizer que podemos viver a vida velha com a graça, pois o evangelho muda a nossa vida. Entretanto, devemos crer que as pessoas mudarão porque o Espírito Santo as guiará. A nossa exigência de que os outros nos satisfaçam é muitas vezes a fonte de conflito. O legalismo com a esposa ou com o marido, com os filhos e tudo o mais é o grande problema. Não faça a lei para os outros baseados em suas preferências. Tire o legalismo fora! Caminhe com a graça.

2.A solução do conflito
1) Confronto (v.11) Paulo não hesitou em confrontar a Pedro. Ele reconhecia que Pedro era designado como apóstolo antes dele (Gálatas 1:17). Ele sabia que Pedro era uma das colunas da igreja (v.9), a quem Deus confiou o evangelho para os circuncisos (v.7). Paulo não negou e não se esqueceu desses fatos, mas Pedro se tornou repreensível, ou seja, estava totalmente errado. Paulo fez isso publicamente, porque o problema havia se tornado público e a igreja corria o risco de um racha! A atitude de Pedro estava em desacordo com a doutrina. Houve confronto. Nós pensamos que confrontar é errado ou carnal, mas não! Carnal é agir para intimidar! No evangelho não existe judeu ou grego! Cristo é tudo em todos (Colossenses 3:21). Paulo preservou a unidade da igreja com essa atitude. Esse legalismo precisou ser confrontado! Confronte o legalismo do seu irmão e rápido! O confronto é bom e cura a igreja. 2) Seja pela verdade (v.15-16). Para solucionar conflitos devemos nos basear na verdade da Palavra de Deus. Paulo agiu baseado na verdade do evangelho. O que está em jogo aqui não é uma disputa pessoal de quem pode mais, mas o evangelho e a unidade da igreja! Aqui é uma prova de que nenhum homem é infalível. Por isso, não idolatre ninguém! Por que as pessoas vivem idolatrando homens? Porque vivem na lei. Esse era Pedro naquele momento. Se aliançando com homens que acreditavam que para agradar a Deus precisavam viver na Lei. Cuidado para não idolatrar homens. Pare de valorizar demais o homem, o tal do “usado” ou o tal do “ungido”, porque o favor de Deus está com quem não merece! Quem idolatra homens tem uma postura de meritocracia sempre. Seja pela verdade! A graça é sobre todos. 3) Reconciliação (Atos 15:9). Após todo esse episódio ocorreu o concílio de Jerusalém em Atos 15. Paulo e Barnabé voltam o equilíbrio. Veja comigo Atos 15:1-2; 6-11. O alvo do confronto sempre será a reconciliação. Eles não foram carnais a ponto de justificar ou "espiritualizar" o erro. O carnal acha que ele é o centro das questões e interpreta as situações em função de si mesmo. Pedro não age assim. Aliás, depois Ele falará bem de Paulo em II Pedro 3:15-16. Pedro reconheceu que Paulo era inspirado por Espírito Santo. Pedro só fez isso porque era homem de Deus. Pessoas de Deus tem espírito ensinável e são transparentes. Estão sempre prontas a ouvir e a reconhecer seus excessos. Jamais negue a verdade que você crê, como Pedro fez. Não faça como Pedro que dissimula e faz de conta, quando é de fato. Porém, se errar, faça como Pedro e volte atrás. Seja ministro da reconciliação. Perdoe e peça perdão!

No amor de Cristo,
Pastor Rodrigo Rodrigues Lima

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O Evangelho de Paulo - Gálatas 1:11-24


O Evangelho de Paulo
Gálatas 1:11-24

Graça e paz igreja! Hoje daremos sequência à série de exposições da carta de Paulo aos Gálatas. Após Paulo dizer aos cristãos que os falsos mestres estavam pregando outro evangelho, agora ele fará uma defesa a favor de seu apostolado contra os ataques que recebeu. Podemos deduzir pela resposta de Paulo que ele trata de possíveis questionamentos tais como: a) Qual é a origem do evangelho de Paulo para que ele possa julgar o que pregamos? b) Será que Paulo está pregando um evangelho que não tem aprovação dos apóstolos de Jerusalém? c) Será que sua mensagem é genuína? Com isso, eles diziam que Paulo não era um apóstolo e que sua mensagem não era genuína. Eles afirmavam que a mensagem pregada por Paulo era pirateada, aprendido de homens e não do próprio Deus.
Por isso, Paulo após denunciar o falso evangelho desses falsos mestres, em seguida afirmará: “Mas informo a vocês, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é mensagem humana porque eu não o recebi de ser humano algum, nem me foi ensinado, mas eu o recebi mediante revelação de Jesus Cristo.” (Gálatas 1:11-12). Paulo poderia dizer: “Eu o preguei”, mas “não o inventei”. Ele afirma com toda veemência que o evangelho questionado pelos judaizantes (falsos mestres) não era fruto de sua cabeça e que homem nenhum o ensinou, mas foi fruto da revelação do Senhor Jesus. Por que Paulo poderia afirmar que seu evangelho era verdade e falar com tanta convicção que o Evangelho por ele pregado não poderia ter aprendido de homens e não poderia ser fruto de sua imaginação?

1.Somente o evangelho é capaz de transformar fanáticos legalistas, descrentes e improváveis (v.13-14)
Muito mais do que descrever sua conversão, Paulo está fazendo uma defesa do evangelho que prega. Os judaizantes o acusavam de pregar um evangelho fácil, uma vez que não os obrigava a cumprir ritos judaicos para a salvação, por isso, diziam que a lei era necessária para tornar o evangelho mais sério e comprometido com uma conduta correta. Porém, ele mesmo era um fiel cumpridor de regras e ritos que não lhe foram suficientes. Portanto, para revelar o quanto o evangelho foi mais poderoso do que a lei e ritos judaicos, Paulo descreve como era antes de sua conversão. Veja comigo Atos 26:4-5; 9-11. Ele era um fanático dominado pelo que acreditava como esses radicais islâmicos que vemos hoje, completamente dedicado ao judaísmo de forma radical, perseguindo a Cristo e a igreja. Um homem nestas condições mental e emocional de maneira nenhuma mudaria de opinião, e muito menos se deixaria influenciar por qualquer pessoa que seja. Nenhuma técnica psicológica seria capaz de mudar a Paulo. Eis aqui uma evidência do poder da mensagem do Evangelho. Que lições e princípios podemos extrair? I) O Evangelho é tão poderoso que é capaz de alcançar alguém que aos olhos dos homens é um inalcançável. Não há ninguém que a mensagem do Evangelho não possa alcançar. Então você pode dizer: “Mas, foi o próprio Deus que alcançou Paulo”. Isso mesmo! É por essa razão que ele diz aos judaizantes que, sendo ele um zeloso cumpridor de regras, a mensagem do Evangelho foi muito mais poderosa, sendo o próprio Deus que o alcançou e que homem nenhum poderia ter feito isto. Por isso, a graça não pode ser tida como fácil! O Espírito Santo está trabalhando na vida das pessoas sem Cristo. Nossa missão é anunciar essa mensagem e deixar o restante por conta de Deus.  II) O Evangelho é tão poderoso que é capaz de fazer o que a lei não faz. A lei está sempre perguntando: “O que devo fazer?”, mas a graça está sempre perguntando: “O que Jesus fez por mim”? Há alguém que você conheça que seja improvável aos seus olhos, um legalista ou descrente aparentemente impossível de ser alcançado? Talvez você se sinta muito condenado pelo seu passado. Veja, a graça revela o que Jesus fez por mim e por você e isso é o suficiente. Paulo dirá: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”, logo não é para aquele que merece, mas crê, por isso, ainda dirá: “Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Romanos 1:16-17)! Jesus vai ao encontro do mais terrível pecador e do mais resistente.

2.Somente o evangelho pode mudar o curso de nossa vida para propósitos maiores (v.15-16)
Ainda na sua linha de argumentação em provar ao judaizantes e demais irmãos que sua mensagem não provinha de homem algum ou mesmo de sua cabeça, Paulo afirma a total e exclusiva ação de Deus através do Evangelho que o alcançou e mudou o curso de sua história por pura ação divina. Ele afirma que foi separado por Deus antes do seu nascimento, e que pela graça recebeu o chamamento quando teve revelação de Cristo, e tudo isso sem participação de homem nenhum, pois, conforme vimos anteriormente era praticamente impossível algum homem convencer a Paulo. Com isso, ele mostra que nenhuma explicação humana justificaria o grau de sua transformação. Quem era esse homem? Um trem desgovernado! John Stott, imagina Paulo dizendo o seguinte: “No meu fanatismo eu me inclinava a perseguir e destruir, mas Deus (que eu havia deixado fora das minhas cogitações) me prendeu e alterou meu impetuoso curso”. O que podemos extrair de princípios para as nossas vidas a respeito do poder do evangelho? I) Deus tem um propósito em Cristo antes da existência de qualquer ser humano que vier crer Nele. Não cremos que Deus escolhe as pessoas para a salvação, mas cremos que todas as pessoas que vierem a crer em Cristo, há um propósito bem definido por Deus para o curso de suas vidas a partir de sua conversão. Seu propósito consiste em que, todos aqueles que vierem a crer em Cristo, se tornem seus filhos! Os filhos desfrutam da herança! Os filhos recebem perdão! Os filhos tem seu passado perdoado! Isso não tem a ver com nossa capacidade e os nossos méritos! Antes de você nascer Deus já tinha um propósito. Por isso, todos aqueles que passam a crer em Cristo, podem desfrutar desse poder que muda o curso de nossa vida para propósitos maiores. II) Sempre será por graça que Ele nos chama. Ele nos chamou por seu favor imerecido. Ele chamou Paulo, aquele que matou muita gente. Você quer viver um novo curso em sua vida para propósitos maiores? Se entregue à graça de Deus! III) Cristo será revelado através da sua vida. O que significa “revelar seu Filho em mim”? Significa experimentar a mente e o coração de Jesus dentro de você, ganhando a sua perspectiva e seus sentimentos refletindo isso ao seu redor. Ele está escrevendo uma linda história de amor em sua vida e outros estão lendo o que o favor de Deus pode fazer na vida de uma pessoa!

3.Somente o evangelho pode explicar a nossa transformação e nos fazer enfrentar o passado (v.17-24)
Paulo mais uma vez argumenta a favor de sua mensagem para provar aos gálatas que o que ele pregava tinha sido dado diretamente por Deus. Vejo um princípio poderoso aqui. Certamente a maioria de nós não teve essa experiência tão forte de Paulo, mas há lições preciosas quanto a tornar um cristão maduro na fé enquanto caminhamos com Cristo e crescemos na graça e no conhecimento Dele. Quando você começa a sua vida com Cristo, é necessário que você busque entender o que Ele está fazendo em sua vida e em sua história. Não é simplesmente mudar de religião, mas é deixar Jesus assumir o leme da sua vida e conduzir o navio ao porto seguro da salvação. Precisamos sim ter mentores e discipuladores, mas nada substituirá a tua íntima relação com Cristo. Paulo provará que ele não recebeu o evangelho de homem algum, agora descrevendo seus passos de crescimento no evangelho e amadurecimento na fé sob três circunstâncias: a) Três anos isolado na Arábia (v.17-18a). É muito provável que ele foi para a Arábia em busca de quietude e solidão. Cremos que foi justamente nesse período de isolamento que ele recebeu a revelação do Evangelho. Ele estudou aos pés de Gamaliel, matou em nome da fé judaica, era extremamente intelectual, haja vista sua capacidade de debater no Areópago com filósofos gregos em Atenas. Da noite para o dia, tudo o que ele acreditava não era verdade. Ele precisava desse isolamento. Ele fica três anos no deserto. Os discípulos de Jesus ficaram com Ele três anos. Esse deserto foi uma oportunidade para: rever conceitos; firmar sua nova identidade; ouvir a Deus antes de ouvir a homens; estar com Deus! b) Foi para Jerusalém (v.18-19). Aqui ele argumenta que só foi de passagem para conhecer Pedro pessoalmente, mas que a mensagem do Evangelho não havia aprendido com Pedro. Não seria tempo suficiente para ele aprender o evangelho que pregava com esses homens, por isso, seu evangelho não veio dos apóstolos em Jerusalém. Mas, há uma lição aqui. Ele precisa enfrentar o seu passado. Quando você entrega a sua vida a Jesus, você volta para o trabalho, se encontra com pessoas da vida velha e precisa lidar com isso. Nesse sentido, o deserto ou o tempo de reflexão é importante para que você confirme a sua experiência! c) Foi para Síria e Cilícia (v.21-23). Ele não volta para essa região porque quer, mas porque é perigoso ficar em Jerusalém. Nessa região fica a cidade natal de Paulo, Tarso. Ele precisa agora enfrentar a sua cidade natal! Ele vai enfrentar amigos de infância e juventude, mas todos verão e dirão a respeito de sua mudança, e sobretudo, glorificarão a Deus a seu respeito. Esse é o poder do Evangelho.

Em Cristo,
Pastor Rodrigo Rodrigues Lima