segunda-feira, 11 de abril de 2016

Habilitado para exercer o ministério!

Habilitado para exercer o ministério!
II Timóteo 3:14-17

Lembro-me quando fui tirar a minha carta de motorista. Primeiramente precisei fazer as aulas teóricas, decorar placas, assistir a vídeos de trânsito e fazer a prova teórica no DETRAN. Eu estava mesmo ansioso para dirigir.
Então, comecei a aula prática. Não era fácil achar o tempo da embreagem. Meu maior receio era não calcular devidamente o espaço entre os veículos. Mas, o sucesso estava em ouvir tudo o que o professor tinha a me dizer. Com sua experiência, orientou-me, passou-me segurança e todas as dicas necessárias para ser um bom motorista.
A maior alegria foi receber minha carta de motorista. Finalmente, habilitado para dirigir.

Paulo escreve a Timóteo e no trecho em questão é descrito sobre as sagradas escrituras. No último verso é revelado o resultado que as Escrituras produzem. Uma pessoa de Deus perfeita e perfeitamente habilitada para toda boa obra. Assim como tirar uma licença que o habilita para ser um condutor, há condições e um tempo necessário com as escrituras para torná-lo perfeito e perfeitamente habilitado.

1.O habilitado permanece naquilo que aprendeu (v.14)
Nunca quis aprender a dirigir fora de uma auto-escola porque sempre me disseram que eu poderia criar vícios difíceis de serem deixados de lado. Portanto, quando recebi minha habilitação eu fazia e ainda procuro fazer como meu professor me ensinou. Às vezes dou uma “escapada”, mas no geral mantenho-me. Já fui chamado de “caxias”, isto é, de “certinho” quando estou dirigindo. Mas, permanecer naquilo que aprendi nas leis de trânsito e segui-los tem me dado segurança e domínio. Mantém-me próximo da essência do que é ser um bom motorista.
Não penso que seja diferente no ministério. Timóteo permanecendo naquilo que aprendeu o manteve contínuo, sem variações, com mínimas possibilidades de erro, pois, teve uma referência que preservava a essência de sua vocação.
Apesar de crescer no conhecimento através do academicismo teológico, sempre fiz questão de não perder de vista aquilo que aprendi nos primeiros passos. Paulo fala exatamente isso para Timóteo. Ouço Paulo dizendo: “Timóteo, não perca a sua referência. Se lembre de quem você aprendeu e o que você aprendeu desde pequeno.”
Não ignoro todo o conhecimento adquirido, mas luto para não perder a essência, os primeiros passos que foram importantes e o meio pelo qual recebi convicção de minha vocação.

2.O habilitado é sábio para a salvação (v.15)
Para que serve as leis de trânsito? Para nos tornar sábios no trânsito mantendo a ordem e preservando a vida. Salvação é obra de Deus e uma constante na vida do homem de Deus. Ele é salvo e está sendo salvo, pois, se trata da restauração da imagem de Deus nele, isto é, o processo de santificação como evidência de um relacionamento com Deus. Salvação é a possibilidade de em Cristo Jesus relacionar-se com o Pai, em um processo de contínua transformação do nosso ser para sermos conforme a imagem de Seu Filho Jesus Cristo. Santidade é preservação da vida. As escrituras nos mantém puro. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17).
Uma pessoa habilitada para o ministério é santificada, vive em harmonia com Deus e preserva a vida. O conhecimento de Deus a mantém por meio das Escrituras desenvolvendo a sua salvação, isto é, o mantém livre do poder e do prazer de pecar e o aponta em direção a Deus. O livra de errar. Preserva a vida “no trânsito”. Ele tem entendimento divino. É sabedoria de Deus para viver nessa vida em plena comunhão com Deus. Como poderei exercer o ministério e instruir a outros se não vivo o que ensino? Ensinar outras pessoas a dirigir, mas eu mesmo com minha carta vencida, sem autorização legal para fazê-lo é um problema.

3.O habilitado submeteu-se ao método de formação das Escrituras (v.16)
Meu professor da auto-escola me ensinou, me repreendeu, me corrigiu e me educou na condução do veículo dentro das leis de trânsito. Fui reprovado duas vezes até ter minha habilitação. A baliza foi muito difícil, além de esquecer algumas setas.
O homem de Deus perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra se submeteu ao método de formação das Escrituras.
Perfeito nesta passagem significa ter uma aptitude especial para determinada prática ou atividade. A obra de Deus é excelente e precisa de homens e mulheres de Deus apto a altura.
Não se trata meramente de como fazer. Pregadores existem aos milhares. Dirigentes de cultos existem aos milhares de milhares. Plantadores de igrejas também.
O que define uma pessoa apta para o ministério? Bom, voltemos ao exemplo de um motorista apto.
Um motorista habilitado não é aquele que corre a mais de 120 km/h numa via de 60 km/h só para provar que sabe dirigir sem causar acidentes numa via de 60 km/h. Pelo contrário, um motorista habilitado é aquele que sabe conduzir um veículo a 120 km/h respeitando a via andando no seu limite. Ele preservou a essência! Ele foi ensinado, pois teve e tem um espírito ensinável. Está sempre pronto a aprender e não se fecha no seu conhecimento. Aceitou a repreensão, isto é, foi provado e testado mais de uma vez até aprender o jeito certo se submetendo ao teste. Como eu detestava ter que fazer a baliza mais de uma vez. Mas, precisei ser testado, provado naquilo que eu tinha muita dificuldade. Depois, fiz a prova. Fui reprovado duas vezes no teste e corrigido pelo meu professor quando este procurou me ensinar o modo correto e não cometer mais erros. Fui educado na justiça, isto é, nas leis de trânsito.
Quando ensinado, repreendido (testado e provado), corrigido (reprovado e ensinado a fazer do modo certo), educado nas leis de trânsito, então fui habilitado.
O que define uma pessoa apta para o ministério?
Uma pessoa apta para o ministério, além de vocacionada, tem espírito ensinável. Mesmo sabendo dirigir, se senta ao lado do professor para receber a sua habilitação. Ela pode saber mais que o professor (pessoas que lhe ensinam e modelam, além da comunidade que também nos ensina e modela), mas se submete ao ensino, à repreensão, à correção e educação. Então, verdadeiramente saberão que ele ou ela é um homem ou mulher de Deus com aptidão especial para exercer o ministério. 
Não se trata de como ele faz, mas de quem ele se tornou e Paulo está dizendo para Timóteo - "não tire os olhos das Escrituras". "Não se encante com a forma, mas mantenha-se na essência." "Não se trata em simplesmente saber fazer, mas ser." "Por isso, gaste tempo com aquilo que é essência". 
Eu diria que estar habilitado é voltar-se sempre para o manual, se auto-avaliando e preservando a essência. 
Durante algum tempo me via frustrado no ministério e esgotado emocionalmente. Aprendi que o caminho é não tirar os olhos da essência, isto é, manter a paixão acesa em por meio do contínuo contato com as Escrituras sempre sendo zeloso para aprender com quem quer que seja, nunca apoiando-me no meu próprio entendimento e vivendo sob o poder da graça daquele que define a minha agenda. Assim, por Ele, sou habilitado.

Como está a tua habilitação?

No amor de Cristo,
Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Mensagem: Igreja vitoriosa - A igreja em oração

Igreja vitoriosa - A Igreja em oração
Atos 4:23-31

Graça e paz irmãs e irmãos em Cristo. Nós queremos refletir sobre uma igreja vitoriosa. Queremos ser uma igreja prevalecente neste mundo. Estamos com muitos desafios pela frente. Queremos ver conversões. Queremos multiplicar mais discípulos. Queremos multiplicar igrejas. Queremos gerar e enviar missionários. Queremos gerar mais líderes. Queremos multiplicar as células. Queremos concluir a reforma. Queremos construir um novo prédio. Precisamos de recursos de toda natureza.
Cada um de nós tem anseios pessoais e grandes desafios a enfrentar. Temos alvos para nós mesmos que parecem impossíveis. Como chegar lá?

A passagem aqui mencionada é um relato da perseguição que os apóstolos estavam sofrendo. Pedro e João foram presos e interrogados pelo Sinédrio, uma espécie de Supremo Tribunal Federal dos judeus nos tempos de Jesus que era composta de 71 membros, a saber, escribas, anciãos, membros das famílias dos sumo-sacerdotes, o presidente da assembléia.
Pedro e João foram proibidos de falar de Jesus (Atos 4:18) e foram ameaçados (Atos 4:21). Preliminarmente gostaria de observar que: a)Após a cura do coxo e a pregação do evangelho, os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus prendem Pedro e João (Atos 4:1-4). O que podemos aprender? Os líderes e todas as pessoas que estão influenciando e frutificando sofrerão algum tipo de resistência. Estamos numa guerra, que apesar de vencida, ainda enfrentaremos batalhas e ataques. É como na batalha da Normandia, quando os aliados em 06/06/1944 invadem e vencem o exercito nazista naquele lugar ficando conhecido como o dia “D”. Ali a guerra foi ganha, mas houve outras batalhas até que o inimigo se desse por vencido. b)Pedro e João compartilham com a igreja as ameaças (Atos 4:23). O que podemos aprender? Devemos compartilhar com as nossas células e irmãos na fé acerca das resistências que enfrentamos.

Diante dos desafios que a igreja primitiva nas casas está sofrendo, as ameaças e proibições, bem como seus líderes sendo perseguido, qual é a reação mais sensata? O que podemos fazer diante dos desafios impostos a nós que relatei no início dessa mensagem? Vamos aprender com a igreja primitiva:

1.Uma igreja vitoriosa é unida em oração (v.24-28)
A igreja “unânimes, levantaram a voz a Deus...”. Perceba que é um cenário de guerra para a igreja primitiva. Apesar do expressivo número de convertidos, a igreja continua sendo minoria marginalizada. Os religiosos da época que detinham todo o poder político e as leis, não davam alternativa aos líderes e à própria igreja. O que fazer quando não se sabe o que fazer?
Unanimidade em direção ao Senhor – Há um ensinamento de Jesus que é muito claro. “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e casa sobre casa cairá.” (Lucas 11:17). Essa expressão unânime é o mesmo que dizer: com uma mente, de acordo comum, com uma paixão. De 12 vezes que essa palavra aparece em Atos, 10 delas nos ajuda a entender a singularidade da comunidade cristã em seus primórdios. Ela é um composto de duas palavras no original que significam “impedir” e “em uníssono”. Denota tanto a força de um exército quanto a orquestra em perfeita harmonia. I. Como exército – a igreja tem soldados valentes. Como um só homem, em unidade no poder do Senhor ela avança sob a direção do general Jesus contra as portas do inferno. É a oração feita em concordância com o mais profundo anseio da alma da coletividade.  II. Como orquestra – Igual aos instrumentos tocados sob a direção de um maestro, assim o Espírito Santo harmoniza as vidas dos membros da igreja.
Perceba que o que regia a igreja primitiva era estar sob a direção do General e sob a condução do maestro Espírito Santo. A oração deles começa da seguinte forma: “Tu Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o amor e tudo o que neles há.” Quando não se sabe o que fazer, com unanimidade a igreja se volta para o Cabeça e soberano sobre todas as coisas. Eles reconhecem o propósito de Deus nas perseguições e adversidades e com o olhar nelas, é que eles oram. “teu propósito predeterminaram.Não se trata de unanimidade na forma do que fazer, mas unanimidade em direção àquele que sabe o que fazer porque Ele é soberano sobre tudo e todos e que para tudo tem um propósito específico. A Romênia vivia debaixo de um regime comunista sob a liderança de Nicolae Ceausescu, bárbaro e assassino. Entretanto, Deus libertou a Romênia em apenas 10 dias. Deus usou uma igreja de 80 membros para desencadear essa revolução. Em 15/12/1989, a polícia secreta cerca a casa do pastor daquela igreja para expulsa-lo da cidade. Os 80 membros fizeram um cordão de isolamento em volta daquela casa e a polícia mandou buscar reforços. Todos os crentes da cidade se mobilizaram. A polícia chegou atirando em todos. Naquela mesma noite uma jovem saiu gritando pelas ruas: “Deus existe! Deus existe! Deus existe! Liberdade! Liberdade! Liberdade!” Aquele grito alcançou o coração da nação e em 25/12/1989 havia 100.000 crentes na capital romena lideradas pelos seus pastores que estavam na praça a plenos pulmões unânimes: “Deus existe! Deus existe! Deus existe! Liberdade! Liberdade! Liberdade!” e o regime caiu. Deus responde a uma igreja, a uma célula, a uma família unânime na oração, com a mesma paixão e que confia Nele como o grande condutor da história.

2.Uma igreja vitoriosa entrega a Deus seus desafios para não paralisar (v.29-30)
a)”agora, Senhor, olha para as suas ameaças...” (v.29). A igreja primitiva se viu ameaçada, porém, sua reação foi a mais correta. Ameaçar a igreja de Cristo é ameaçar o próprio Cristo. Pode alguém ameaçar a Cristo, o Cabeça da igreja? Você consegue perceber que não estamos sozinhos em hipótese alguma? Igreja, Deus tem me falado muito sobre fé nesses dias. Quando não há fé surgem o medo e a incredulidade. O sinédrio quisera paralisar os apóstolos e a igreja, ameaçando-os. A insegurança (que é estar dominado por algum tipo de medo), o medo, a ansiedade, a incredulidade são sentimentos que surgem quando de alguma forma nos vemos ameaçados e esses sentimentos têm o poder de nos paralisar, pois, são fatores incapacitantes. Logo pensamos que não somos capazes, que não conseguiremos e que não avançaremos. Quais são os desafios que você encontra hoje e se tornam fatores incapacitantes, ou instrumentos de paralisia? Se Jesus tivesse dado ouvido às ameaças e não ao Pai, os discípulos não seriam chamados, a igreja não teria se expandido e nós não estaríamos aqui. O que quero dizer? Se dermos lugar à incredulidade, à insegurança, e às ameaças, não teremos legado e não promoveremos a glória de Deus. Houve um homem de fé chamado Jorge Müller. Ele sustentou um orfanato com 2.000 crianças sem um tostão se quer. Certa vez um homem chamado Dr Pierson se hospedou no orfanato, ao passo que Jorge lhe disse que não havia nada o que comer na manhã seguinte. Jorge o convidou para orar e confiar na provisão de Deus. Na manhã seguinte a alimentação já estava suprida em abundância para todos do orfanato e ambos não sabiam como aquilo havia acontecido. Quando perguntando sobre como adquirir tamanha fé, Müller respondeu: 1) Lendo a Bíblia e meditando sobre o texto lido, chega-se a conhecer a Deus, por meio da oração; 2) Procurar manter um coração puro e uma boa consciência; 3) Se desejamos que a nossa fé cresça, não devemos evitar aquilo que a prove e por meio do qual ela seja fortalecida. Quais são as ameaças que você vê na sua célula? Falta de líder em treinamento? Falta de anfitrião? E no seu ministério? É a falta de recursos? É na sua vida? É a crise econômica? É o desemprego? Deus nos convida a viver por fé. Ele nos chama a caminhar de joelhos.
Em II Reis 6:8-23 podemos ler o relato em que o Rei a Síria manda um exército para capturar e matar Eliseu. Seu moço se desespera. Eliseu então lhe responde: “Não temas, porque mais são os estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu os olhos o moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” Vamos pedir ao Senhor neste dia: “Senhor, abra os meus olhos.”
b) “concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra”. (v.29) Outro elemento essencial nessa oração é o pedido que eles fazem. Jesus disse: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” João 14:13. Sugiro que você vá à Bíblia e leia o verso 12 também. A igreja primitiva ora a vontade de Deus e esse é o segredo. É vontade de Deus que sua obra prospere e avence. Mas, como saber a vontade de Deus? Como ter orações respondidas na direção da obra de Deus e não paralisar diante dos obstáculos e ameaças que surgem? Volto-me mais uma vez a Jorge Müller que uma vez questionado sobre isso, ao que respondeu: 1) Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade própria no caso. De dez problemas, já temos a solução de nove, quando conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa qual for. Quando chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre, perto de saber qual é a sua vontade; 2) Tenho um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes enganos; 3) Procuro a vontade do Espírito de Deus por meio da sua Palavra. É essencial que o Espírito e a Palavra acompanhem um ao outro. Se eu olhar para o Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões; 4) Depois considero as circunstâncias providenciais. Essas, ao lado da Palavra de Deus e do seu Espírito, indicam claramente a sua vontade. 5) Peço a Deus em oração que me revele sua própria vontade. 6) Assim depois de orar a Deus, estudar a Palavra e refletir, chego à melhor resolução deliberada que posso com a minha capacidade e conhecimento; se eu continuar a sentir paz, no caso, depois de duas ou três petições mais, sigo conforme essa direção.
Deus é a fonte de toda ousadia, intrepidez e coragem que você e eu precisamos. Deus é a fonte de todos os recursos que precisamos. Por isso, precisamos orar.

3.A igreja vitoriosa é cheia do Espírito Santo (v.31)
Deus quer uma igreja cheia do Seu Espírito. O que é uma igreja cheia do Espírito Santo? É uma igreja onde Deus habita (João 14:17). É uma igreja onde não há engano e não se esquece das palavras de Jesus (João 14:26). São crentes andando no Espírito com a visão de Deus e não dão lugar à carne (Gálatas 5:16). É um povo com intrepidez e que anuncia a Palavra de Deus. É um povo dominado pelo amor, pela alegria, pela paz, pela longanimidade, pela benignidade, pela bondade, pela mansidão e pelo domínio próprio (Gálatas 5:22-23). É uma igreja que fala das maravilhas de Deus a todos os povos (Atos 2:1-4). É uma igreja cheia de autoridade (Atos 4:8). A igreja primitiva foi cheia de autoridade porque cultivava uma vida de oração e fé, elementos essenciais para uma vida no poder do Espírito. Igreja de Cristo, dê lugar ao Espírito de Deus. Orem em suas células, orem em suas casas, orem todo o tempo! Orai sem cessar (I Tessalonicenses 5:17).

Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor

Reflexão: "Evite discussões desnecessárias"

Evite discussões desnecessárias
II Timóteo 2:23-26

Não é de hoje que temos a necessidade de emitir opiniões e debater sobre assuntos que sequer temos domínio. Porém, especialmente no tempo atual, com o crescente individualismo e relativismo, as pessoas mais do que nunca emitem opinião sobre tudo. A internet deu voz e as redes sociais abriram as janelas da vida privada.
Quando eu era criança, meu avô no interior da Bahia jogando buraco com seus amigos discutiam assuntos diversos. Não se perdia a amizade nas divergências, aliás, as fortalecia. Hoje não é bem assim. As pessoas sem muito relacionamento com você emitem opinião sem que você pergunte se deseja e fecham as portas de um relacionamento. Deletamos, excluímos, bloqueamos, etc.
Hoje as pessoas com tanto acesso à informação, não analisam sequer as fontes. Quando questionada a fonte e veracidade de suas opiniões, imediatamente elas respondem: “Eu vi na internet”, como se essa por si só fosse fonte verídica de supostos fatos. Como disse um proeminente filósofo, “as pessoas apenas adjetivam e querem fazer valer suas opiniões sem reflexões profundas”.
A verdade é que as pessoas deste mundo globalizado e individualista têm necessidade de serem ouvidas. Há uma enorme carência coletiva de falar. O desafio é ouvir, aliás, muito desafiador que o ouvir é o escutar. Como pastor eu não apenas ouço, mas escuto.
Para uma sociedade extremamente virtual, sinestésica e que recebe muitas informações de todos os lados, escutar não é uma tarefa realmente fácil.
Escutar tem a ver com o estado de espírito. Para eu escutar alguém preciso estar livre de ansiedade, e o que esse mundo mais tem é gente ansiosa.
O ideal mesmo como disse alguém é que na maior parte das discussões devêssemos ter reações bovinas: “hummm....uuhummm....uhmmm”. Você em silêncio lança a dúvida se é uma pessoa brilhante ou estúpida. Ao abrir a boca poderão constatar o que realmente você é.
A palavra de Deus diz o seguinte: “Até mesmo o tolo passará por sábio, se conservar sua boca fechada; e, se dominar a língua, parecerá até que tem grande inteligência.” Provérbios 17:28. Vemos aqui a sabedoria do silêncio. O filósofo e matemático francês Blaise Pascal disse: “A maior parte dos problemas do homem decorre de sua incapacidade de ficar calado.” A minha avó dizia: “Em boca fechada não entra mosquito.”

A passagem bíblica que menciono acima é um sábio conselho de um pastor mais maduro a um jovem pastor. Evite discussões desnecessárias! Não seja ansioso para fazer valer suas opiniões ou até mesmo se justificar.
A versão NTLH diz o seguinte nos versículos 23 a 26: “Fique longe das discussões tolas e sem valor, pois você sabe que elas sempre acabam em briga. O servo do Senhor não deve andar brigando, mas deve tratar todos com educação. Deve ser um mestre bom e paciente, que corrige com delicadeza aqueles que são contra ele. Pois pode ser que Deus dê a eles a oportunidade de se arrependerem e de virem a conhecer a verdade. E assim voltarão ao seu perfeito juízo e escaparão da armadilha do Diabo, que os prendeu para fazerem o que ele quer.”

Fica evidente que a questão não é debater, mas o que, com quem debater e o propósito deste debater.  Como cristãos, servos de Deus devemos seguir esse sábio conselho de Paulo:

1.A discussão é tola e sem valor? Agregará alguma coisa ou vai acabar em briga?

2.Você vai tratar com educação ou vai “perder a linha”?

3.Se é algo contra você, corrigirá com delicadeza ou não?

Observe que o propósito final sempre é ganhar o outro (oportunidade; arrependimento; conhecimento da verdade). Se elas estão na armadilha do diabo, você não precisa cair também. Evite discussões. Seja menos ansioso para falar o que pensa e seja servo do Senhor. Aprendamos a escutar!

No amor de Cristo,
Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Reflexão - O Evangelho

O Evangelho
Romanos 1:1-5

O apóstolo Paulo introduz sua carta aos Romanos falando do Evangelho e da sua chamada para o Evangelho. É espetacular como Paulo aproveita cada oportunidade para explanar acerca dos fatos do Evangelho de Jesus Cristo. Vamos a eles:

I.O Evangelho é o cumprimento das promessas das Sagradas Escrituras
“prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras” (v.2). O Evangelho atesta a veracidade do Antigo Testamento de que nenhuma das profecias e tipificações foram em vão. Aquele que feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15), se manifestara. O descendente de Abraão, por meio do qual, todas as nações foram benditas (Gênesis 12:3). O pão vivo que desceu do céu, aludindo ao maná que sustentou o povo no deserto. A água viva, aludindo à rocha e à água que dela brotou para saciar a sede dos hebreus, agora sacia a nossa sede. O cordeiro e seu sangue que poupou os primogênitos hebreus de serem mortos apontavam para o cordeiro da páscoa que seria dado em sacrifício para salvação da humanidade. O grande profeta preanunciado por Moisés (Deuteronômio 18:15). Eu poderia seguir aqui com uma enorme lista das tipificações e promessas que apontaram para Jesus e o Evangelho.
A boa notícia não é uma história inventada sem fundamentos. É a mais completa história de amor de um Deus que amou a sua criação e propôs resgatá-la. Por isso, as Escrituras ostentam também o título de a História da Salvação. A Antiga Aliança, isto é, o Antigo Testamento dá lugar à Nova Aliança, ao Novo Testamento.

II.O Evangelho é a boa notícia acerca de Jesus, o Deus encarnado da raiz de Davi
“com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi...” (v.3)
Jesus é o verbo que se fez carne e “tabernaculou”, isto é, Deus habitando entre nós em forma humana. E como homem, procedeu de uma linhagem real, do trono de Davi, a quem Deus faz a promessa de que seu trono seria estabelecido para sempre (II Samuel 7:16), assim explanado por Pedro em seu discurso no dia de pentecostes (Salmo 132:11; Salmo 16:10). O Evangelho é a boa notícia do Deus que se fez homem para nos resgatar (Isaías 53). Ele é o Filho de Deus que vem para estabelecer seu trono e seu reino para sempre (Isaías 9:1-6).

III.O Evangelho é a boa notícia da morte de ressurreição de Jesus
“...ressurreição dos mortos...” (v.4)
Se a ênfase não está na morte e ressurreição de Jesus, então não podemos chamar de pregação evangélica. Se não destacamos os fatos do Evangelho, então não há evangelho.
Pedro destaca o fato da morte e ressurreição. Jesus foi morto (Atos 2:23), mas Ele ressuscitou (Atos 2:32; Atos 4:10).
A palavra evangelho aparece em todas as cartas de Paulo. Em I Cortíntios 15:1-4 ele relembra àquela igreja o que lhes anunciou. Que, segundo as Escrituras Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia.

IV.O Evangelho é a boa notícia também aos gentios
“...entre todos os gentios.” (v.5)
Paulo reconhece sua vocação em proclamar o Evangelho aos gentios. A igreja é o novo Israel de Deus. Não éramos povo de Deus, agora somos (I Pedro 2:10). Todas as nações são benditas (Gênesis 12:3). O povo que andava em trevas viu grande luz (Isaías 9:1-2). Todos podem ser feitos filhos de Deus. “Em Cristo não há grego nem judeu, circuncisão ou incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3:11). O Evangelho é universal.

O Evangelho é o poder de Deus. É um convite ao arrependimento pela fé. É o caminho para o céu. A única condição para nos aproximarmos de Deus é crer no Seu Filho. Não há mérito humano. Nessa sinergia da salvação, nossa única atitude é responder com fé. O justo viverá pela fé! Somos salvos pela graça mediante a fé. Não é por obras. Nossos atos de justiça para alcançar a salvação, as chamadas boas obras, não são suficientes. Deus se satisfaz em Sua própria justiça enviando Seu Filho como prova de amor para resgatar homens egoístas, auto-suficientes que desprezam o conhecimento de Deus. O evangelho é o antídoto e a solução para uma sociedade egoísta. Fala de um Deus que abriu mão se si mesmo e da Sua glória para se identificar com sua criação oferecendo perdão e reconciliação.
Todos que entenderam o Evangelho e experimentaram o Seu poder serão como Ele em ações e palavras. Se não assim, certamente não experimentaram em sua totalidade o poder do Evangelho e a santificação.
O Evangelho é vida, pois somos chamados a viver pela fé, isto é, em fidelidade a um Deus que passa a habitar em nós por meio do Seu Espírito. É vida de Deus fluindo em nós a qualquer preço e sob qualquer circunstância. É viver sob o controle daquele que nos criou e sabe o que é melhor em todos os aspectos de nossa vida frágil humana. É viver por Deus e para Deus. É viver o amor e manifestá-lo. É não mais confiar no meu EU e em minha própria justiça, mas pelo Espírito. É viver o esforço da dependência. Evangelho é vida!

Evangelho é liberdade! Viver a graça e a misericórdia de Deus. Como súditos do Reino de Deus, livres do poder do pecado e de Satanás, somos livres!

Rodrigo Rodrigues Lima
Pastor

domingo, 3 de abril de 2016

A fragilidade humana!

Tema: A fragilidade humana
II Coríntios 12:7-10

Amadas irmãs e amados irmãos, esta semana foi muito difícil para muitas pessoas da nossa comunidade e tem ainda tem sido muito difícil para muitos. Momentos de enfermidade, desemprego, dor, tristeza e dificuldades diversas. Irmãos, essas coisas revelam nossa fragilidade, ou seja, revelam do somos feitos, do pó da terra. Fala tanto da fragilidade do corpo quanto da alma. Nos falta literalmente força física e subjetivamente, nos falta força emocional. Falar dessa fraqueza é falar da realidade do ser humano e de toda a criação. Desde a queda de Adão e Eva assumimos essa condição. Essa fragilidade fala do nosso sofrimento. Alguns, por não saber lidar com o sofrimento chegam a tirar a sua própria vida. Outros se decepcionam com Deus e professam ateus diante do sofrimento. Há outro grupo de pessoas, e essas, dentro das igrejas em profunda crise, pois, não deixam de crer em Deus e frequentam a igreja, mas seus corações estão cheio de feridas, cheio de marcas de tanto sofrimento e não querem admitir que no fundo, estão mesmo é decepcionadas com Deus. Por isso, falar da fraqueza (fragilidade) e do sofrimento não é algo muito simples. É pisar em um campo minado de muitos corações. Por isso mesmo, falar de sofrimento é também falar de cura hoje. A cruz é o caminho onde Jesus escolheu se identificar com o nosso sofrimento, mas é também o lugar onde Ele escolheu curar nossas emoções e nos fazer enxergar os nossos sofrimentos com os olhos de Dele. Está escrito na Carta aos Hebreus: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Hebreus 4:15
Antes de mais nada, é importante todos sabermos que temos um Deus amoroso e gracioso, que sabe que somos pó (Salmo 103:14).

1.O reconhecimento de nossa fragilidade gera humildade (v.7)
O apóstolo Paulo foi um homem que recebeu revelações do Senhor (II Coríntios 12:1; 6) e isso foi a sua glória. Ele teve o privilégio de ver a grandeza das revelações de Deus. Se olharmos na história bíblica todos os homens que tiveram profundas revelações de Deus enfrentaram algum tipo de sofrimento. Como é gostoso crescer nos dons, ministérios, se achar na obra de Deus e nas revelações de Deus. Entretanto, isso se configura em um perigo na nossa caminhada, se não nos mantivermos humildes. Você se lembra de que nos paradoxos de Deus, para crescer você tem que diminuir? O que se pode aprender com o sofrimento de Paulo?
I.Ao reconhecer sua fragilidade, Paulo se mantém imune à repulsão. Repulso é o contrário de empatia. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”. Filipenses 2:5 Pessoas que passam pelo sofrimento e por momentos que se vê sem força se identificam com o sofrimento e com a fragilidade dos outros se tornando mais sensíveis e solidárias. Quem sofreu o luto compreende e sabe como consolar alguém que sofre de luto. Quem sofreu com certa enfermidade compreende e sabe como consolar alguém com a mesma enfermidade. Jesus se compadece de nós porque Ele sofreu na carne o que nós sofremos hoje. Pessoas arrogantes não compreendem as outras.
II.Ao reconhecer sua fragilidade, Paulo se mantém imune ao orgulho. “Para que não me ensoberbecesse”. Tem um ditado que diz: “Deus não dá asa à cobra”. Se você nasceu de novo, Deus não lhe dará nada que o afaste Dele e lhe dará todo o necessário para que você permaneça próximo a Ele. A soberba precede a queda e a altivez de espírito a ruína. Provérbios. A maneira pela qual Deus nos mantém em equilíbrio com a nossa natureza é o espinho. O espinho nos fala da humanidade e da sua fragilidade. A cruz nos chama à RENDIÇÃO. A vida cristã só pode ser vivida por pessoas RENDIDAS A DEUS que desistem de viver pelos seus esforços, entretanto, o nosso EGO se torna inimiga. Quando estamos sofrendo corremos para a cruz e daquele que se fez frágil nos rendemos e nos mantemos humildes diante de Deus. Ficamos escandalizados com pessoas que crescem na vida com Deus, mas enfrentam algum tipo de sofrimento. Entretanto, não quero dizer qualquer tipo de sofrimento. Existem sofrimentos que nós causamos por nossas más escolhas e decisões, mas existem sofrimentos que nos fogem ao controle e desses quero lhe dizer que Deus tem um propósito. Ele está forjando Cristo em você.
Você já pensou na fragilidade de Jesus como homem indo à cruz? A lógica da cruz é que quanto mais me ponho diante da cruz mais conheço a Deus e quanto mais conheço a Deus, mais me pareço com Ele como Seu FILHO. A cruz é para o FILHO. Jesus é o filho de Deus! Você é filho de Deus? Então a cruz é para você também. A cruz gera humildade.
Pergunta 1: Como o sofrimento ajudou você a ser solidário com as pessoas?

2.O reconhecimento de nossa fragilidade gera intimidade com Deus (v.8-9)
A vida cristã só pode ser vivida por pessoas RENDIDAS QUE NEGARAM A SI MESMAS e que desistiram de viver pelos seus esforços. Como nos rendemos? Em oração! Quando Paulo se vê em sofrimento, em seu momento de fragilidade e fraqueza com aquele espinho na carne, Ele ora e pede que Deus afaste o mensageiro de Satanás. Ele pede três vezes! Aprendemos aqui que a oração é uma arma poderosa enquanto Deus nos aproxima Dele por meio de nossa própria fragilidade. O sofrimento nos ensina a orar. O espinho nos ensina a orar. A oração gera em nós atitude de submissão diante da fragilidade, pois, quando eu oro passo a discernir os propósitos de Deus. Percebemos nossa fragilidade não só na dor, mas diante de desafios ministeriais e na vida como um todo. Paulo e Silas presos oravam e cantavam. Por que Paulo estava preso? Porque estava fazendo a vontade de Deus. O que ele faz? Canta e ora porque ele estava ciente que tudo aquilo estava conforme o propósito de Deus. A intimidade com Deus cresce em meio ao sofrimento.
I.Algo está sendo gerado enquanto reconhecemos nossas limitações – O que Deus começou na sua vida antes do sofrimento e dos desafios gigantescos Ele vai cumprir. Devemos aguardar biblicamente a boa obra que Deus começou.
II.Deus está formando em nós – As portas que Deus abre e fecha, as perdas e os ganhos que ocorrem na nossa caminhada cristã e todo o mais tem a ver com o que Deus está formando em nós como um tapeceiro. Enquanto se entrelaça os fios fica tudo feio. Temos que ver pelo lado certo.
III.Deus está formando em nós – Deus está nos preparando para esta vida e para a vida eterna.
IV. Deus quer nos ensinar a visualizar o resultado do que está fazendo em nós – Há frutos para serem colhidos. O principal fruto a ser colhido é intimidade com Deus. Paulo ouve a Deus: “A minha graça te basta”. A intimidade nos leva a experimentar GRAÇA.
Deus está nos aperfeiçoando. Vejamos Hebreus 12:4-13 com ênfase para os versos 10 e 11. Deus nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Pergunto: Qual é o pai que não quer que seu filho se pareça com Ele? Por isso corrigimos nossos filhos em amor, porque temos um padrão de moral e conduta que queremos ver em nossos filhos. Quando você contraria seu filho para o bem Dele, ele fica EXERCITADO PARA A VIDA. Deus está nos exercitando para a vida eterna. Para sermos parecidos com Ele. Ele está nos forjando. Isso aconteceu com Jesus! Vejamos Hebreus 5:7-9. Todos que passam pela prova saem fortalecidos. O povo de Israel entrou no deserto com a mentalidade de medo e escravidão. Saiu como guerreiro que sabia depender de Deus e fazia os povos em sua volta tremer. O chamado de Deus para o seu povo não mudou, mas seu povo mudou. Deus nos muda através da cruz para o estarmos preparados para o que temos de receber Dele. Até mesmo quando enfrentamos gigantes na terra prometida somos fortalecidos. Nosso coração se enche de confiança e fé em Deus.
Pergunta 2: Como a serenidade de outros cristãos durante o sofrimento aprofundou o seu respeito por essas pessoas?

3.O reconhecimento de nossa fragilidade humana produz poder e força (v.10)
Irmãos e irmãs, Paulo é louco ou há um mistério aqui! Paulo é masoquista? Ele gosta de sofrer? Ser cristão é gostar de sofrer? Claro que não! Mas, Paulo descobriu algo poderoso por meio do sofrimento, por meio desse reconhecimento de sua fragilidade!
Lembremos que Paulo é vaso de barro, limitado, impotente e fraco. Mas, ele entendeu a mensagem da cruz. Ele entendeu que o segredo da vitória é a rendição. O segredo de uma vida de poder e força estão na fraqueza, na impotência, no se submeter ao trabalhar de Deus enquanto descobrimos nossa fragilidade no sofrimento e quando nos vemos diante de desafios ministeriais e da vida como um todo! Para entendermos mais isso, vamos pensar no povo de Israel no deserto. Quando o povo de Israel atravessa o mar vermelho eles viverão quarenta anos no deserto. A passagem pelo mar vermelho representa para nós o sangue de Jesus fazendo divisão entre o Egito (que é a vida velha) rumo à terra prometida (a nova vida), mas tem deserto no meio para preparar o povo para a terra prometida. É no deserto que o povo conhece o poder de Deus mais de perto.
I.No deserto houve maná – É no deserto que somos alimentos pelo poder de Deus. O maná é o poder de Deus nos alimentando a alma, a vida, e sobretudo a fé. O povo foi alimentado pela fé no deserto.
II.No deserto tem nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite – Nesse processo de libertação do Egito, daquilo que é velho e no processo de dependência de Deus, nos dias quentes do deserto tem nuvem de Deus protegendo e noites frias do deserto o povo foi guiado, protegido e aquecido pela coluna de fogo. É no deserto que experimentamos a direção, a proteção e o calor do Espírito de Deus sobre a nossa vida. É poder de Deus no meio da fraqueza! É poder de Deus.
Deus quer nos fazer carvalhos de justiça! (Isaías 61:1-3). O carvalho demora anos para crescer. Quanto mais temporais e tempestades enfrenta, mais forte e adulto se torna. Suas raízes se aprofundam de tal forma que os ventos e as tempestades não podem derrubá-la. As tempestades não apresentam para ela ameaças apenas desafio. Ela é uma árvore cheia de marcas, retorcida peças tempestades que enfrentou, mas é referência para geólogos para medir as tempestades que a floresta já enfrentou. Por isso igreja, Paulo tem prazer no sofrimento por amor a Cristo. Quando ele é fraco, então Ele é forte por causa do poder de Deus experimentado em sua vida.
Para concluir, abra a sua bíblia no Salmo 103. Vejamos o quão amoroso e gracioso é o nosso Deus.

Rodrigo Rodrigues Lima
Pastor