sábado, 11 de julho de 2009

O Cristão e o Sexo - SEXO À LUZ DA BÍBLIA


SEXO À LUZ DA BÍBLIA

Vivemos numa sociedade influenciada pelo sexo. Existem psicólogos especializados em orientação sexual para adolescentes e jovens que mantém uma vida sexual ativa.
As músicas incitam o sexo, dentre elas a mais recente é o “funk” que associa principalmente no “funk” carioca as mulheres com frutas estimulando a sensualidade e a perversão do sexo.
Como é cada vez mais pregado e incentivado com a propagação de métodos contraceptivos como a camisa, os jovens e adolescentes são bombardeados com valores anti-bíblicos do sexo pré-nupcial.
Na sociedade politicamente correta ensina-se que você deve ter uma vida sexual ativa apenas com o parceiro que você ama verdadeiramente. Entramos então no conflito de conceitos e valores:
1. O que é o amor?
2. O que é ter uma vida sexual ativa politicamente correta?
3. Quais as conseqüências desses princípios e valores deturpados com relação a família?

Vamos entender o que a Bíblia diz sobre o sexo com o auxílio de grandes conhecedores do assunto.

a. A Natureza do Sexo

O sexo é intrinsecamente bom; não é mau. A Bíblia declara que “Deus criou, pois, o homem à sua imagem...homem e mulher (isso é sexo!) os criou (Gn 1:27). E depois de acabar: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (v. 31). O sexo é bom. Deus o fez, e de alguma maneira reflete a Sua bondade. (Norman Geisler)
Deus criou o sexo, portanto, reflete a sua bondade. Sendo assim, derrubamos o ensinamento de que o sexo é do diabo. Então percebemos que:

1. O sexo é essencialmente bom – Na sua essência revela que Deus o criou com um objetivo bom. A Bíblia afirma que “todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro” (Tt 1:15). Portanto, para os servos de Deus tudo o que Deus criou é puro. O sexo é tão sagrado que é usado na Escritura para ilustrar a união mais íntima que se pode ter com Deus. Paulo escreveu: “Eis por que deixará o homem a seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas me refiro a Cristo e à Igreja” (Ef 5:31-32)
Deus ordenou a união sexual: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra...” (Gn 1:28). Sendo assim, derruba-se a tese de que o diabo é o criador do sexo e que é por ele controlado. O diabo não tem poder de criar nada bom, porém, a ele é dado o título de enganador e pai da mentira, ou seja, ele deturpa e distorce o propósito do sexo.

2. O Sexo é poderoso – Ele é muito poderoso. Seu poder consiste na procriação. Deus disse: “multiplicai-vos....enchei a terra” (Gn 1:28). Através do sexo o homem gera vida, pois, assim quis Deus. Todo ser criado por Deus procria através do sexo.

3. O sexo precisa ser controlado – Uma vez sabendo que o sexo é poderoso e essencialmente bom para o propósito para o qual Deus criou, o sexo precisa ser controlado. Não deixamos crianças brincar com bombas e não é praticado em público, senão, os praticantes podem ser presos por atentado ao pudor. Quando falamos que ele precisa ser controlado, nos referimos à condição em que deve ser praticado. Deus já o direcionou e o estabeleceu para o casamento. No casamento ele terá como propósito a procriação e o prazer e como todo prazer, deve ser controlado. Tornar-se uma só carne na Bíblia (Gn 2:24) confunde-se propositadamente com o sexo e o casamento, pois, o ato sexual é a consumação do estado honroso do casamento e assim, Deus o regula, ou em outras palavras, Deus o controla.

Então, por que as pessoas praticam o sexo fora do casamento e por que não praticá-lo fora do casamento?

É o que veremos agora!

O Cristão e o Sexo - DEFRAUDAÇÃO

DEFRAUDAÇÃO

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda ou defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
I Tessalonicenses 4:4-7

O apóstolo Paulo escreve aos tessalonicenses acerca da vontade de Deus para as suas vidas, a santificação, ou seja, a separação de suas vidas para Deus. Este processo de santidade implica em abster-se, ou seja, para alcançar a santidade é necessário negar-se. Mas, negar o quê? Negar a pornéia (prostituição), isto é, pecado sexual, relações sexuais ilícitas, a atividade sexual ilícita.
Para alcançar essa santidade faz-se necessário saber, ter a habilidade necessária para alcançar o fim desejado, em suma, respeitar a própria vida santificada a Deus.
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Para isto, Paulo orienta os crentes a evitar o desejo pecaminoso e assim não ultrapassariam os limites, não transgrediriam. Soa como uma luta que visa guardar-se dando o melhor de si para Deus sem ofendê-lo e sem desejar o outro de modo a defraudá-lo, isto é, querer mais, ter mais do que é devido; tentar egoisticamente, ganhar mais, a qualquer custo e por todos os meios, independentemente dos outros e seus direitos.
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Num relacionamento cristão, o namoro e o noivado devem guardar-se da defraudação, desse desejo de querer mais além do que é devido.
Tem-se visto que os relacionamentos ultrapassam os limites do desejo.
Biblicamente, no casamento, o corpo do esposo é para a esposa e da esposa para o esposo, isto é, uma entrega mútua sem limites, portanto, o desejar-se mutuamente é incentivado pela Bíblia no matrimônio.
No namoro a defraudação deturpa esse valor bíblico, pois, visa a satisfação carnal individual da pessoa estimulada pelos seus instintos sexuais tornando-se egoísta visando primeiro “eu” e depois o “outro” fora do estado do matrimônio.
A falta de controle nos toques e carícias revelam falta de auto-controle no relacionamento.

As perguntas são: Onde começa o limite da defraudação? Isto é pessoal, ou seja, cada um determina seu limite? Há alguma base bíblica?

Para responder a pergunta sobre o limite da defraudação, pergunte-se a si próprio:

1. Até onde eu iria no relacionamento com minha namorada(o)/noiva(o) se Cristo estivesse sentado ao meu lado?
2. O meu relacionamento físico com minha namora(o)/noiva(o) na frente dos nossos pais e na ausência deles mantém a mesma motivação?
3. Cada vez que estamos juntos, torna-se mais difícil controlar as carícias? Temos que mergulhar mais fundo no pecado para satisfazer nossas necessidades sexuais?

É evidente o princípio bíblico de que a intimidade do relacionamento é para o casamento, pois, no mesmo não há necessidade de se esconder dos pais ou seja lá quem for uma vez que deixamos pai e mãe para se tornar uma só carne. Não precisamos esconder de Cristo nada no casamento uma vez que em Sua própria Palavra Ele incentiva já ordenando a intimidade no matrimônio.

Para responder a pergunta sobre se a defraudação é de fórum pessoal (cada um determina seu próprio limite, segundo seu princípio), pergunte-se a si próprio:

1. Os meus princípios corroboram (estão de acordo) com a Palavra de Deus acerca da santidade de vida?
2. Os meus princípios são aplicáveis a qualquer indivíduo cristão, pois, refletem a vontade de Deus?
3. Há base bíblica para o meu princípio?
4. Tenho dificuldade para aceitar regras ou limites?
5. O que Deus pensa sobre isto? O que a Sua Palavra me ensina?

O cristão amando a Deus, através de seu relacionamento com Ele guardar-se-á, separar-se-á para Sua vontade boa, perfeita e agradável.
Não vejamos apenas o lado difícil da vida cristã, mas o lado positivo e benéfico que refletirá numa vida abençoada como fruto da obediência a Deus.
Porém, e se nós não nos guardamos? No que implica o sexo fora do casamento?
Antes de falarmos sobre o sexo fora do casamento, tratemos primeiramente do sexo à luz da Bíblia.