quinta-feira, 29 de junho de 2017

Multiplicando a liderança - Joel Cominskey

Multiplicando a liderança
Introdução 
Joel Cominskey

Estamos vivendo a maior colheita de almas da história cristã. Está é a boa notícia. A ma noticia é que boa parte da colheita não foi feita e em muitos casos acaba se estragando por ser negligenciada. Em Joao 4:35 Jesus diz que os campos estão brancos. A sua ordem é que façamos discípulos e não ajuntamento de multidões. 

Gerar líderes
O segredo para que os frutos permaneçam não são as células, mas converter os membros das células em líderes. Do contrário, células podem ir vir, surgir e desaparecer. Nosso maior desafio é gerar líderes. 

Igrejas falham na colheita por não formar líderes
As igrejas não fazem a colheita pelo fato de terem grupos pequenos, mas pelo fato de não terem trabalhadores. Igrejas e células que não têm nenhum plano ou ação para formar líderes planejam, por omissão, perder a colheita. 

O trabalho essencial do líder de célula
Os líderes de células não são chamados essencialmente para formar e sustentar as células; seu trabalho fundamental é encontrar, treinar e enviar novos líderes. 

Células - estratégia de liderança
O modelo de células não é uma estratégia de grupo pequeno; é uma estratégia de liderança. O foco não é começar grupos nas casas, mas treinar um número cada vez maior de líderes que se importam. Se você for bem-sucedido nisso, sua igreja vai prosperar. 

A nossa arma secreta

A nossa arma secreta é desenvolver um exército de líderes comprometidos com a colheita. 

Retroceda para avançar - Apocalipse 2:1-7

Celebrando a Vida de Deus
Retroceda para avançar
Apocalipse 2:1-7

As sete cartas do Apocalipse apontam para o que é essencial e indicam o que funciona na vida com Deus. Vivemos uma era de muita superficialidade. Podemos dizer que a superficialidade é uma maldição do nosso tempo. Nos tempos de Jesus os fariseus possuíam a lei, mas a lei não os possuía. Não é diferente em nossos tempos. Há muito conhecimento, mas há pouca prática. Há muita verdade, mas pouca vida. Há muito orgulho do passado, mas pouca humildade no presente. Muitos estão como Moisés, como que colocando um véu sobre a face, para que não possam fixar os olhos no fim daquilo tem desaparecido, a beleza da glória de Deus em seus corações e ações (II Coríntios 3:13). Perdeu-se o brilho de Deus, mas não queremos admitir que não brilha mais.
Assim era a igreja de Éfeso. A igreja que perdeu seu primeiro amor. A igreja que não tinha mais a mesma paixão. A igreja que não celebrava mais a vida de Deus. Essa foi uma igreja desafiada a dar um importante passo para trás para avançar em direção a Jesus. Que passos são necessários para avançarmos rumo à Jesus? Como podemos resgatar a mesma paixão de outrora? Como nosso coração pode voltar a aquecer novamente?
Dê passos para trás para avançar rumo a Jesus. Volte a celebrar a vida de Deus como no início da sua fé.

1.Retroceda para avançar respondendo que só Jesus é o soberano em sua vida (v.1)
A cidade de Éfeso era uma das mais orgulhosas da Ásia Menor, a atual Turquia. Ela era conhecida como “a metrópole da Ásia” com aproximadamente 250.000 habitantes na época, sendo por sua proeminência, por sua superioridade, a capital dessa região. Possuía uma gigantesca biblioteca e um teatro que comportava em torno de 25.000 pessoas sentadas. Três grandes rotas comerciais cruzavam aquela cidade. De fato, ela possuía muitos motivos para se orgulhar. Era a cidade mais importante. Era uma região portuária importante.
Essa proeminência refletia sobre a igreja de Éfeso. A igreja de Éfeso se orgulhava de sua posição não apenas por estar estabelecida na metrópole da Ásia, mas possuía uma herança como “igreja-mãe”. Ela muito se orgulhava.
Vale observar que em cada carta endereçada a cada uma das sete igrejas, os atributos de Cristo são escolhidos de forma precisa e perfeita para tratar das necessidades da igreja à qual se destina. Portanto, visto que a igreja de Éfeso é a igreja-mãe, ela deve reconhecer que Cristo, não ela, tem as 7 estrelas na mão e anda nos meio dos 7 candelabros (v.1). Ele “conserva”, isto é, agarra na mão. Aqui o primeiro sinal de porque a igreja de Éfeso perdeu o primeiro amor. Aqui o primeiro sinal de porque podemos perder o nosso primeiro amor. O orgulho espiritual pode tomar lugar quando nos sentimos donos da nossa vida, da nossa família, da nossa igreja, enfim. Apenas Cristo é soberano. “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele quem te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê.” Deuteronômio 8:17-18; “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu Senhor, é o reino, e tu te exaltastes por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mãe há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.” I Crônicas 29:11-12;
Hoje Jesus te convida a dar um passo para trás o chamando a relembrar de como com mão forte Ele te livrou e te colocou na posição de filho de Deus.

2.Retroceda para avançar respondendo que precisa do mesmo fervor de antes no coração (v.2-3)
Os crentes de Éfeso eram sérios, atentos e zelosos. Sabiam separar a verdade do erro. Senão vejamos. Ao que tudo indica, a igreja de Éfeso foi plantada por Paulo e Áquila por ocasião da segunda viagem missionária de Paulo. Diz as Escrituras que “Quando chegaram a Éfeso, Paulo os deixou ali;” (Atos 18:19). Houve um período em que eles receberam Apolo, que era “homem eloquente e poderoso nas Escrituras [...] instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus...” (Atos 18:24-25). Paulo, retornara a Éfeso (Atos 19:1) e ali na Escola de Tirano por três meses falava ousadamente, discutindo e persuadindo com a respeito ao Reino de Deus. Paulo tinha discípulos e por dois anos diariamente lhes falava da Palavra do Senhor. (Atos 19:8-10). Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários. Veio grande temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. Muitos dos creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. (Atos 19:11-19). Verdadeiramente essa igreja experimentou o poder da verdade de Deus. Paulo lhes alertou: “entre vocês se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás de si. Portanto, vigiem, lembrando que, durante três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, cada um de vocês.” (Atos 20:30-31). Meus amados irmãos e irmãs, que lições preciosas aprendemos aqui nos versos 2 e 3 de Apocalipse 2? A queixa é a de que essa igreja perdeu o seu primeiro amor. Portanto, I) Um cristão pode ser devidamente instruído e Jesus conhecer sua perseverança, mas mesmo assim estar sem o mesmo fervor de antes no coração; II) Um cristão pode ser devidamente instruído e Jesus conhecer a sua obra, mas mesmo assim estar sem o mesmo fervor de antes no coração; III) Um cristão pode ser devidamente instruído e Jesus conhecer o seu trabalho, mas mesmo assim estar fervor de antes no coração; IV) Um cristão pode ser devidamente instruído e Jesus conhecer o seu zelo teológico e doutrinário, mas mesmo assim estar fervor de antes no coração.
A grande queixa de Jesus para com a igreja de Éfeso é que ela havia acumulado muito conhecimento correto, mas tinham uma carcaça vazia. Eles haviam se tornado como o artífice Demétrio quando agitou a multidão contra o evangelho e arrastaram Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo ao teatro e diante de 25.000 pessoas dizendo “Grande é a Diana dos Efésios”, mas com ecos vazios. Muitos estão assim hoje. Esbravejam em nome da verdade “Grande é o Senhor”, mas por dentro estão vazios. Muito grito de experiências passadas, mas o presente está vazio de experiências vivas, gritos de conhecimento bíblico, mas pouco conteúdo em termos de vida transformada ou novas experiências com Deus. Hoje Jesus te convida a dar um passo para trás o chamando a relembrar de como você aliava piedade e competência. Trabalho e paixão! Mente esclarecida e coração aquecido.

3.Retroceda para avançar respondendo ao apelo de Jesus para celebrar a vida de Deus (v.4-5)
Jesus é muito enfático com esta igreja. Eles não estavam mais agindo por amor. Poderiam gritar uma causa, mas estavam vazios e frios por dentro. Em suma, um crer correto, uma boa teologia, mas que não gera uma atitude para com Deus e com o próximo é falsa religião. Se não tiver amor, nada adianta (I Coríntios 13:1-13). Mas, há uma solução. “Lembra-te” é muito mais do que trazer à mente, mas é agir de acordo com a lembrança. Lembrança inclui uma “atualização” da experiência original. Deus quer aperfeiçoar as nossas experiências antigas.
Isso aponta para uma característica da cidade de Éfeso. Era uma cidade portuária que lutava contra o assoreamento do porto. O assoreamento é o processo de acúmulo de detritos, areia, entulhos e outros materiais que interfere no leito dos rios impedido de portar todo o seu volume de água, e assim interferindo no transito das embarcações. É necessário fazer a limpeza. Há momentos na vida crista que precisamos retroceder para avançar. Voltar a ser o que era! Lembra-te, isto é, pare com a marcha para frente (sempre correndo), sempre ocupado. Pare! Volte à pura devoção. Volte àquele período inicial em que você lia a Bíblia com tanta fome e orava com tanta sede de Deus. Volte ao tempo em que você estava animado na fé. Arrepende-se da negligência do piloto automático. Retroceda para avançar.
O porto da alma está assoreado? No curso natural a vida tende a assorear. Mas tenho uma boa notícia para você! Jesus é o rio da vida. Podemos enfraquecer, desanimar na fé, mas Jesus é o mesmo! Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele quer que você volte a ter conexão com Ele! Ele é um rio que limpa, que restaura e ele quer fluir através de você limpando todo detrito e assoreamento de sua alma. Hoje Jesus te convida a dar um passo para trás o chamando a ao primeiro amor. Ele quer lhe dar novas experiências. Ele quer que você celebre a vida de Deus!

Jesus quer leva-lo a frutificar. A gerar filhos espirituais e a fluir com autoridade no ministério. Ele quer restaurar seu coração. A fim de continuar a sentir o que sentíamos e dar novas experiências de fé.

Rodrigo Rodrigues Lima, Pastor


quarta-feira, 28 de junho de 2017

Etapas na vida de um líder

Etapas na vida de um líder
Por Robert Clinton

De modo geral podemos identificar 6 etapas ao longo da vida das pessoas, em especial dos líderes. As três primeiras fases tratam daquilo que Deus está fazendo na vida do líder. As três últimas são interseccional. Vamos às 6 fases:

  1. Fundamentos soberanos
  • Deus está usando a sua família.
  • Deus está usando o seu ambiente onde vive com suas boas e más experiências.
  • Aqui ocorrem os eventos históricos iniciais.
  • São formadas suas características pessoais.
  • Há também a influência do contexto da geração.
  • Os traços do caráter estão em modelação.
  • A estrutura enquanto pessoa está em formação.

  1. Crescimento da vida interior
  • Há uma busca por Deus de maneira mais íntima.
  • Aprende-se a importância de orar e escutar a Deus.
  • Surgem as provas para formar o caráter do líder.
  • Crescimento em discernimento, entendimento e obediência.
  • Busca-se capacitação.
  • Aprendizagem informal na igreja local em funções de liderança.
  • Busca por referências e modelos.
  • Pode-se ter um mentor.
Vale destacar que enquanto o indivíduo está aprendendo uma profissão ou habilidade ministerial, na verdade, é seu coração que está sendo modelado. O programa de treinamento é o coração. Provas de crescimento são enfrentadas. O maior desenvolvimento nesta fase é interior.

  1. Amadurecendo o ministério
  • O líder está alcançando outros.
  • Está começando a ter experiências com seus dons.
  • Sua vida é mais relacional.
  • Deus está ensinando que o ministério flui do ser e não do fazer.
  • Observação: Nesta fase Deus está consolidando o indivíduo. Deus deseja ensinar-nos a ministrar por meio do que somos. Deus se interessa no que somos. Seu propósito é: "Estou formando Cristo em você." É nesta fase que ocorrem as maiores crises através das tarefas ministeriais. O objetivo é ganhar experiência, gerar conhecimento e ser provado em situações que forçarão um caráter aprovado. É a chamada prova de integridade. Ocorrem tanto na fase 3 quanto na fase 4. Isolamentos fazem parte de ambas as fases que são frutos de crises, enfermidades, perseguição, disciplina, por vontade própria ou circunstâncias providenciais formadas por organizações. O objetivo de Deus por meio delas pode ser:
A) Uma nova perspectiva sobre o ministério;
B) Reviver ou ativar um sentido de destino (propósito);
C) Flexibilidade para abrir-se a novas ideias e mudanças;
D) Ampliação por meios da exposição a outros;
E) Convicção divina (convicção interna da Palavra)
D) Direção.

  1. Amadurecendo a vida
  • O indivíduo identificou e está usando seus dons com autoridade.
  • Seus frutos são maduros.
  • Se torna alguém a ser imitado (modelo).
  • Influencia a outros.
  • Trabalha seus dons focado em prioridades. Possui clareza de suas prioridades. Não faz tudo, mas faz no que é melhor.
  • Possui uma maturidade produtiva.
  • O ministério flui do ser.
  • Tudo o que faz é fruto de sua experiência com Deus.
  • Observação: Ainda possui áreas em consolidação conforme observação na fase 3.

  1. Convergência
  • O indivíduo vive uma mescla de dons, experiência, temperamento, etc.
  • Há uma geografia ministerial. Há um foco onde seu potencial máximo é explorado.
  • Poucos líderes experimentam a convergência.
  • Deus nos prepara ao longo dos anos para chegarmos nesta etapa.
  • Aqui nesta fase a maturidade do ministério se une à maturidade da vida.
Por que muitos não chegam à convergência?
A) Não amadurecem com as crises e não aproveitam as oportunidades. São prejudicados por suas próprias carências de desenvolvimento pessoal.
B) A organização onde trabalham ou servem podem obstaculizar o seu desenvolvimento não observando em qual área seu potencial pode ser mais explorando, mantendo-o numa função ou posição limitadora.

  1. Resplendor crepuscular
  • Poucos celebram esta fase na vida.
  • Esta fase é quando os frutos do ministério ou trabalho culminam com o reconhecimento e influência.
  • Criaram redes de contatos ao longo da vida e ainda hoje os influenciam como referência.
  • Possuem sabedoria acumulada e seguem influenciando e abençoando a muitos.
  • São os que terminam bem. Se prepararam para esta fase.



domingo, 4 de junho de 2017

TEMA: Lições que aprendemos sobre o Pentecostes. Deuteronômio 16:9-12; Levítico 23:21-22

Lições que aprendemos sobre o Pentecostes.
Deuteronômio 16:9-12; Levítico 23:21-22

Pentecostes é o nome dado à Festa da Colheita ou Sega, também conhecida Festa das Semanas. Era uma celebração agrícola. O Antigo Testamento deve ser lido à luz de Jesus e de sua missão. Sabemos que sem o poder do Espírito Santo não podemos cumprir a missão. Mas, o Espírito Santo desceu e encheu as nossas vidas, por isso podemos fazer discípulos. Ele nos dá o poder para testemunhar. Ele veio no Dia de Pentecostes. O que podemos aprender acerca do Dia de Pentecostes para a vida da igreja hoje?

1.O Pentecostes reforçava a memória da libertação da escravidão (Deuteronômio 16:12)
A Festa da Sega, ou a Festa das Semanas ocorre exatamente 50 dias após a Páscoa. Teve seu nome mudado, nos tempos em que os judeus receberem influência da língua grega tornando mais usual do que os termos Festa da Sega ou Festa das Semanas (que são 7 semanas) para usar o termo Pentecostes. Pentecostes vem de Penta, uma referência aos 50 dias. Ela ocorre 50 dias depois que o povo é liberto da escravidão no Egito. Serviria para celebrar sua primeira colheita após a escravidão no Egito, em que eles poderiam plantar e comer de sua própria semeadura nesta nova condição.
Não existem coincidências no plano de Deus. Jesus é a nossa Páscoa. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ah meus irmãos! Estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, mas Deus, com grande amor que nos amou, nos deu vida através de Jesus Cristo. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Seu Filho de Amor. Agora, pois, nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus. Seu Espírito habita em nós e não somos mais escravos. Não há mais culpa ou condenação. Uma vez que o Espírito Santo passou a habitar em você, o seu Pentecostes marca a sua libertação. O Espírito de Deus testifica com o seu próprio Espírito que você é filho de Deus. Deus te ama não pelo que você faz, mas porque Ele te fez. E Ele prova o Seu amor por nós, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

2.O Pentecostes começava com a foice na seara (Deuteronômio 16:9)
Os cinquenta dias passavam a contar um dia depois da Páscoa quando passava-se a foice na seara. O que isso significa?
a)Reconhecimento da provisão e do cuidado de Deus. Esse era um marco do reconhecimento da provisão e do cuidado de Deus com o seu povo. Essa festa visava reconhecer a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado. Eis um grande princípio de mordomia aplicado na Palavra de Deus. Como evidência de que o sustento é ação do Deus em tudo o que existe, a primeira parte é para o Senhor. Por isso separamos ao Senhor a primeira parte do fruto do nosso trabalho.
b)Os campos estão brancos. Em Mateus 9:35:-38 Jesus se compadece da multidão. Ele vê que a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Ele lança em forma de imperativo que seus discípulos clamem ao Senhor da seara por trabalhadores. Em João 4:35, diante da necessidade de proclamar o Reino de Deus ao ver que a mulher samaritana se alegra e leva a mensagem à sua cidade, Jesus chama a atenção dos seus discípulos para que percebam ao seu redor a necessidade das pessoas. Meus irmãos, os campos estão brancos, isto é, prontos para a colheita. O mundo é esse campo. O papel da igreja é penetrar no mundo para testemunhar e servir. O mundo dos pensamentos (trazendo a luz do evangelho às mentes enganadas e oprimidas); o mundo dos sentimentos (tendo empatia com o sofrimento das pessoas); o mundo em que vivem as pessoas (debaixo de humilhação social; pobreza; desemprego; dramas da vida; auto-estima baixa; sem dignidade). A descida do Espírito Santo se dá no dia de Pentecostes porque é Ele quem capacita a você a fazer essa colheita. Ele convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Ele leva o homem ao arrependimento. E fazemos essa obra no poder do Espírito Santo. Assim como a Festa da Colheita reconhece a ação de Deus no sustento, a descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes nos leva a reconhecer que dependemos da ação de Deus para o crescimento, para a colheita no Seu Reino. O Espírito Santo leva a igreja a pôr a foice na seara.

3.O Pentecostes era uma Santa Convocação (Levíticos 23:21)
Ninguém trabalha nesse período. Toda a nação concentrava a sua energia em um grande ajuntamento para celebrar a colheita. A Festa de Pentecostes revela alguns aspectos de uma igreja vibrante e cheia do Espírito Santo. A igreja cheia do Espírito Santo tem por objetivo testemunhar do amor de Deus e levar outros a adorá-lo. Uma igreja cheia do Espírito Santo, cheia da vida de Deus é uma igreja que vive o Pentecostes.
a)O Dia de Pentecostes era alegre e solene (Deuteronômio 16:11). O ajuntamento da igreja tem por objetivo celebrar a vida de Deus e promover festa no céu. Deve ser alegre e solene. Só há duas passagens na Bíblia onde falam de festa no céu e ambas, não por coincidência estão diretamente relacionadas com a colheita. Em Lucas 15:7 diz: “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo (festa) no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Em Apocalipse 7:9 está registrado uma Santa Convocação alegre e solene: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém poderia, enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos.”
b)O Dia de Pentecostes era uma festa que reunia gente de todos os lugares e nações. Ela era aberta para os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros. Todos se apresentavam diante de Deus. O que aprendemos com isso? I) A descida do Espírito Santo é para todos indistintamente (Joel 2:28-29) “Derramarei meu Espírito sobre toda a carne”. II) A descida do Espírito Santo capacita a igreja para cumprir seu propósito missionário. (Atos 2:6-11) “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”
c)O Dia de Pentecostes era uma festa em que o ajuntamento servia para compartilhava dons. (Levíticos 23:22). O intuito deste ensinamento aos judeus visava instruí-los a repartir os dons, isto é, o favor de Deus sobre eles. Eles deveriam fazer a colheita, mas não colherem todos os grãos, até as bordas dos campos, nem ajuntar as espigas que tivessem caídas ao chão. As sobras era para os pobres e estrangeiros. Aprendo que com o derramamento do Espírito Santo: I) A igreja vive plenamente sua identidade quando comunicamos os dons que recebemos. Todos precisamos uns dos outros. (I Coríntios 12). II) Uma igreja cheia do Espírito Santo aprendeu que é melhor dar do que receber.

Deus quer uma igreja cheia do Espírito Santo para cumprir a sua missão. Estamos a caminho das Casas de Paz! Estamos em uma campanha de 21 dias de jejum e oração. Creio numa grande colheita que Deus tem preparado para nós. Vivamos o Pentecostes!


Rodrigo Rodrigues Lima, Pr.