sexta-feira, 9 de abril de 2010

Orgulho e Vaidade - Por Fernando Pessoa

O Orgulho e a Vaidade

O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito, a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros. Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser ambas as coisas, vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana — vaidoso sem ser orgulhoso. É difícil à primeira vista compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso mérito para os outros, sem a consciência do nosso próprio mérito. Se a natureza humana fosse racional, não haveria explicação alguma. Contudo, o homem vive a princípio uma vida exterior, e mais tarde uma interior; a noção de efeito precede, na evolução da mente, a noção de causa interior desse mesmo efeito. O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em acção.

Fernando Pessoa, in "Da Literatura Européia"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

“Estou amasiado ou pretendo juntar os panos. Por que me casar no papel?”

Um fenômeno na sociedade pós-moderna ocorre sem precedentes. Os casais não se casam mais.
Bem, levando em conta que hoje tudo é tão relativo e descartável, é bastante apreciável juntar os panos sem um compromisso muito sério, afinal de contas, para que gastar dinheiro com algo que não sabemos se vai dar certo? Sem contar que, se realmente não der certo, a dor de cabeça de um divórcio é muito grande. Olhando por esse ângulo, é preferível mesmo “juntar os panos”.
Mas, e à luz da Bíblia? O que Deus tem a nos dizer sobre isto?
Biblicamente, o divórcio é incitar o ódio de Deus sobre essa prática. “Eu odeio o divórcio, diz o Senhor” (Malaquias 2:16). Assim sendo, unir-se (tornar-se uma só carne) com a idéia de um possível divórcio é um tremendo auto-engano e falta de compreensão da vontade de Deus.
Mas, preciso me casar no papel realmente?
Levando em consideração que a Bíblia diz: “Sejais submisso a toda autoridade constituída por Deus” (Romanos 13:1), e que no caso da autoridade estar submissa à vontade de Deus, se a Lei diz que é casado quem o faz perante o juiz, logo, preciso realmente casar-me no papel. Mas, o que a lei diz?
O Novo Código Civil/2002 diz o seguinte:
“Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.”
Em outro trecho, a Palavra de Deus afirmará: “Sujeitai-vos a toda autoridade humana...” I Pd 2:13
E se eu não me submeto à Palavra de Deus e à Lei?
Quem vive maritalmente “juntado” está em fornicação segundo a Bíblia, portanto, em pecado.

No Velho Testamento
Se porventura, um homem fosse pego em relação pré-nupcial com uma virgem recebia o seguinte tratamento: DT 22:28-29 “ Se um homem achar moça virgem, que não está desposada (casada ou prometida), e a pegar, e se deitar com ela, e forem apanhados, então, o homem que se deitou com ela dará cinqüenta siclos de prata; e, uma vez que a humilhou, lhe será por mulher; não poderá mandá-la embora durante a sua vida”.
Para verificar sobre o casamento no Velho Testamento leia Deuteronômio 22:13-30

No Novo Testamento
Encontramos principais referências em Efésios 5:22-33 e I Coríntios 7.

Analisemos o texto que se segue:
15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18 Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? I Coríntios 6:15-19
Aqui o texto trata da questão de pessoas em Corinto ter relações ilícitas com prostitutas cultuais, entretanto, o princípio é o mesmo para quem vive sem estar casado, afinal de contas, não está regular perante Deus e os homens.
Versículo 15 = O meu corpo é membro de Cristo
Versículo 16 = O meu corpo num ato sexual ilícito tornar-se um com a pessoa que me relaciono
Versículo 16 = “...dois numa só carne...”, isto é, união física através da relação sexual.
Versículo 18 = O pecado sexual é contra o corpo de Cristo.
O pecado sexual é contra a Igreja, e por isso, é tratado perante a igreja, pois, quem peca sexualmente peca contra o próprio corpo, ou seja, o seu corpo que é corpo de Cristo que, por sua vez, é a igreja de Cristo e este é o meu entendimento quando se trata de corpo neste texto. Seja qual for o entendimento, o princípio é o mesmo: PECA CONTRA O CORPO DE CRISTO. Logo, receber um membro nessas condições não é bom para a igreja e nem para o candidato a membro.
Então pergunto, à luz da Palavra de Deus. O que é melhor?
Obedecer a Deus e viver a Sua Palavra ou desobedece-lo?
Somos livres para escolher. Escolha viver debaixo da benção!

No amor de Cristo,

Pr. Rodrigo

"...Negue-se a Si mesmo..."

Deus me chamou imperfeito e incapaz. Nas minhas limitações, manifestou-se a Sua graça para que eu seja como Ele quer.

Talvez, uma das mais incompreendidas verdades acerca do cristianismo consiste no “negar-se a si mesmo, tomar a nossa cruz e Segui-lo”.

Pagar um preço por Cristo é tão ao pé da letra para muitos na igreja e no mundo que a beleza da GRAÇA fica borrada.

Jesus sabe que não somos bons o suficiente para Agradá-lo. Então, por que viver um jugo tão pesado, quando Ele nos convida a carregar um jugo leve?

Esse pleno entendimento e convicção de Sua Graça me impulsionam a Servi-lo com alegria indizível e prazerosa satisfação.

Deus não põe jugo sobre nossas vidas.

Viver pela fé, isto é, por Sua fidelidade, é tão bom que não tenho motivo para abandoná-lo. De fato, enfrento tentações todos os dias. Não são poucos os embates da carne. Ainda vivo sob a pena da natureza pecaminosa, mas quem não vive?

Não quero dizer que posso fazer o que bem entender, entretanto, só posso compreender que não faço o que bem quero porque tenho hoje esta liberdade para escolher. Antes, como escravo da minha natureza pecaminosa e das minhas vontades, não podia escolher entre pecar e não pecar.

Na verdade, hoje posso fazer o que quiser porque sou livre, porém, tenho ciência de que nem tudo me é lícito. Que maravilha de graça!

Veja que na minha imperfeição, justificado por Deus mediante a fé na obra de Cristo, pelo poder do Evangelho que nos transforma, sou nova criação.

Minhas vontades, sentimentos e minhas opiniões estão todas submissas àquele que me amou e me salvou.

Fui crucificado com Cristo! Ele vive em mim e vivo pela fé Nele. Agora opera em mim tanto o desejo de agradá-lo quanto efetivamente o poder para exercer a Sua vontade.

Guiado por Seu Espírito, posso amá-lo sobre todas as todas e ao meu próximo tendo compaixão, olhando com os Seus olhos, amando com o Seu amor! Que graça maravilhosa e poderosa que operou em mim!

Portanto, “negar-se a si mesmo” é submeter minhas motivações e intenções a Ele. Deixá-lo conduzir-me! Tomar a minha cruz consiste tão somente, por meio Dele, fazer a Sua vontade. Segui-lo é um privilégio!

A porta é estreita! De fato o é porque ela não exige de nós práticas meritórias que nos conduzirão à salvação, mas porque ela exige uma fé que talvez o Senhor Jesus não encontre na terra quando voltar. É muito mais fácil seguir regras do que ter fé. É muito mais fácil pagar penitências do que perdoar e amar o inimigo, pois, no primeiro busco meu interesse, no segundo nem sempre, mas o do outro. É muito mais fácil sacrificar do que obedecer! O que é mais fácil dizer? Seus pecados estão perdoados ou levanta e anda? O Filho do homem tem o poder de perdoar-nos. Isto é graça, afinal de contas, não merecíamos o seu perdão, entretanto, Ele nos deu o maior exemplo de amor e provou que, de fato, a porta é estreita. Deus, ofendido por nossos pecados, nos amou. Deus não levou em conta o tempo da minha ignorância! Ele me amou! Por isso, e tão somente por isso, é que irei amá-lo, afinal de contas, Ele me amou primeiro.

Ele amou o mundo de tal maneira que não mediu conseqüências.

Cantam por aí: “Morri, Morri na Cruz por Ti, Que fazes Tu Por Mim”...não...eu cantaria: “Morri, Morri na Cruz Por Ti, Farei por Meio de Ti”.


Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas.

Glória, pois, a Ele eternamente!


Feliz pelo Teu amor,


Seu servo,

Rodrigo

TUA GRAÇA!