Tema: Romper a familiarização com a Comunidade que
Pertenço – Marcos 6:1-6
Irmãos e irmãs, a
mensagem de hoje visa o despertamento para a comunidade que pertencemos, resgatando
um novo olhar e uma nova postura para com as pessoas que sentam ao nosso lado.
Um novo olhar e uma nova postura para com as crianças, adolescentes, jovens,
casais, divorciados, viúvas e idosos.
Humanamente falando,
Jesus reunia todas as condições desde seu nascimento para não ser ninguém.
Lucas registra que no dia do nascimento de Jesus, após uma viagem de aproximadamente
150 quilômetros (como de São Paulo a Limeira), de carro quase duas horas a 120
km/h pela Rodovia dos Bandeirantes, mas de Nazaré até Belém, provavelmente
sobre um jumentinho por estradas irregulares no nono mês de gestação, Maria e
José não encontram lugar na hospedaria. Eles ficaram em um estábulo e lá ela dá
à luz colocando o menino Jesus numa manjedoura (Lucas 2:7), que é uma espécie de tabuleiro onde os animais comem.
Ele cresceu numa
cidadezinha chamada Nazaré (Lucas
2:39-40) que muito provavelmente era um lugar horrível, haja vista o
comentário de desprezo feito por Natanael: “Pode vir alguma coisa boa de
Nazaré?” (Lucas 2:46).
Conforme o texto
base de hoje, nem mesmo os conterrâneos de Jesus o aceitava. Extraímos daqui
pelo menos dois princípios: 1) Não importa a condição em que sua família lhe
criou, pois, os propósitos de Deus para a sua vida não estão condicionados a
isto, eles se cumprirão; 2) Não importa sua origem, rejeição na sua base
ou preconceito regional e social, pois, Deus lhe deu uma nacionalidade e um
novo coração e você é concidadão dos santos, é da família de Deus e embaixador
de Cristo (Efésios 2:18; II
Coríntios 5:20).
Entretanto, quero
falar sobre esses que rejeitaram Jesus, o seu próprio povo e a sua própria
casa. Seus parentes o achavam louco, diziam que Ele estava fora si e queriam
interditá-lo (Marcos 3:21). Seus
irmãos não criam Nele (João 7:5).
Essas pessoas o viram crescer e certamente se familiarizaram com Jesus a ponto
de não ver quem realmente Ele era. Também precisamos hoje, diante desta
palavra, romper a familiarização com a comunidade que pertencemos.
Reflexão: Você já
se sentiu ou se sente rejeitado nesta comunidade? Você rejeita ou rejeitou
alguém desta comunidade? Como está seu coração hoje? Vamos romper a familiarização
com a comunidade que pertencemos a partir de hoje em nome de Jesus?
Se quisermos
edificar a igreja, precisaremos acreditar nas pessoas e investir nelas. Os
nazarenos e os parentes de Jesus o viam como alguém comum e não viam além do
que estava diante dos seus olhos e eles se familiarizaram com Jesus. Deus quer
mudar o nosso olhar e a nossa atitude para com todos que estão à nossa volta.
Como romper a familiarização com a comunidade que pertenço?
1.Resgate a alegria de investir em pessoas (v.2-3)
Os nazarenos
julgavam Jesus pelas aparências e segundo o seu histórico familiar. Eles o viam
como alguém que viram crescer. Eles subestimaram Jesus. O que produz essa atitude? A presunção que vem do verbo presumir e
que significa tentar adivinhar; achar que; ação de julgar (algo ou alguém) a
partir de indícios ou aparências. A presunção tem sido uma grande ferramenta do
diabo para destruir relacionamentos. “Eu acho”; “eu penso”; não é ser honesto e
adoece relacionamentos. É a familiarização com as pessoas. Acostumamo-nos a não
acreditar mais nas pessoas, especialmente nos que estão no nosso convívio
direto na comunidade que pertencemos porque conhecemos os defeitos e sabemos
como elas são e passamos a julgar ações e até mesmo tentamos julgar as
intenções das pessoas. Sabemos de quem são filhos, maridos, esposas e irmãos.
Julgamos e não as alavancamos.
Em contrapartida, Jesus tinha um coração de investidor.
Ele não olhava segundo as aparências. Ele via potencial nas pessoas.
Pescadores, inábeis, simples, pecadores como Levi. Seu coração era livre de
presunção. O investidor é uma pessoa honesta (que não esconde como se sente
a respeito do outro e não esconde como se sente do que vem do outro). É franco,
direto de modo amoroso e perdoador e é livre de presunção. (Efésios 4:25-32).
Reflexão: Como
está seu coração hoje? O que você precisa entregar a Deus para ser livre para
investir em pessoas?
2.Resgate a alegria de ministrar no Corpo e ser ministrado
pelo Corpo de Cristo (v.5-6)
Os nazarenos
não receberam tudo o que podiam através de Jesus por causa da incredulidade
deles. Jesus admirou-se, ficou espantando. Ele foi afugentado pelos seus. A
familiarização dos nazarenos impedia que Jesus realizasse seu ministério e
oferecesse algo poderoso ao seu próprio povo. Trazendo para a nossa realidade, a
incredulidade pode impedir o crescimento da comunidade que pertencemos em dois
aspectos: a) Não receber algo da
parte de Deus através daquele a quem se relaciona e convive comigo; b) Impedir que aquele que vive e se
relaciona comigo desenvolva seu ministério. O que os homens podem oferecer? O
que as mulheres podem oferecer? O que os adolescentes podem oferecer? O que os
idosos podem oferecer? O que as crianças podem oferecer? Então vem a pergunta crucial: Como alguém poderá oferecer se não
recebeu investimento e se alguém não acreditou nele? Assim desperdiçamos
pessoas por não investir nelas. Jesus era honesto com as pessoas, transparente
com elas, sensível a elas e totalmente disponível. Edificamos a igreja, isto é,
edificamos nossos irmãos agindo como Jesus. Por isso queremos ser uma igreja em
células. Poderemos ministrar e sermos ministrados mais efetivamente nas casas.
Reflexão: Deus o
colocou aqui para promover todo mundo, ver pessoas crescerem e ser abençoado
com o melhor que elas têm. Alguém investiu em você e ministrou na sua vida. Se
você quer edificar a igreja, em quem você vai acreditar a partir de hoje? Em
quem você investir a partir de hoje?
3.Resgate a alegria de viver o propósito de Deus em
sua vida (v.6)
Apesar de Jesus
nascer em condições precárias, viver numa cidadezinha menosprezada, ser
rejeitado pelos seus irmãos, rejeitado por seus parentes e por seu próprio povo
tinha convicção dos propósitos do Pai em sua vida. Ele sabia bem o que o Pai
queria Dele tão claramente que Marcos registra: “Contudo” (conjunção adversativa que tem por sinônimo: apesar,
porém, todavia, ainda sim), percorria as cidades circunvizinhas a ensinar.
Jesus não ficou paralisado. Ele tinha o propósito de Deus bem definido que era
gerar discípulos! Qual é o propósito de Deus para a sua vida? Pode ter certeza que não é FAZER, mas
GERAR. É mais fácil cuidar de coisa e fazer coisas do que cuidar de gente, gerar
discípulos. Não existe alegria maior para o servo de Deus do que GERAR!
Gerar líderes, gerar discípulos, gerar filhos na fé, gerar e gerar. Se
quisermos romper a familiarização com a comunidade a que pertencemos precisamos
voltar a GERAR. GERAR ESTÁ NO PROPÓSITO DE DEUS PARA A SUA VIDA. Não existe
nada melhor que abrir o coração para Deus e vivenciar um avivamento pessoal. A
sinceridade, a transparência e lidar com as pessoas livres de presunção nos
abrem portas para vivermos uma vida abundante. Assim, estamos abertos para
viver os propósito e Deus em nossa vida, a convicção e o propósito do nosso
real chamado e ficamos livres de crises. Onde não falta propósito sobram
crises.
Reflexão: GERAR É
O CENTRO DO CORAÇÃO DE DEUS. Gerar casamentos transformados, gerar filhos
obedientes e fiéis, gerar líderes espirituais, enfim, GERAR. Deus lhe chamou
para GERAR. Olhe à sua volta. Quem precisa ser gerado? Gerar exige amor
sacrificial, disponibilidade, prestação de contas, sensibilidade, oração, honestidade
e transparência. Dá trabalho né? Quer romper a familiarização com a comunidade
que você pertence? Resgate a alegria de viver o propósito de Deus em sua vida,
GERAR PESSOAS.
Conclusão
Deus deseja que você
viva algo novo hoje. Rompa a familiarização com a comunidade, com as pessoas
aqui à sua volta. Resgate a alegria de investir em pessoas, resgate a alegria
de ministrar no corpo de Cristo e ser ministrado por ele e resgate a alegria de
viver o propósito de Deus. Por isso queremos ser uma igreja em células, pois,
poderemos viver autenticamente esses propósitos.
Rodrigo
Rodrigues Lima
Pastor
Nenhum comentário:
Postar um comentário