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METODISMO E AS CÉLULAS
“Wesley procurou agrupar as almas piedosas que
encontrava (da mesma maneira que fazia em Oxford), em pequenas sociedades, as
quais deviam reunir-se uma ou duas vezes por semana, a fim de se examinarem,
instruírem e exortarem mutuamente.” (Extraído do livro “John Wesley – Sua
Vida e Obra” de Mateo Lelièvre, Ed. Vida)
As células são mais antigas do que o metodismo. Em
sua palestra sobre células, o Bispo Ildo Mello escreveu: “devido a perseguição,
os principais instrumentos da expansão do cristianismo foram homens e mulheres
que viviam de maneira totalmente secular e falavam da sua fé aos que
encontravam nas atividades cotidianas e
as reuniões se davam em grupos pequenos, principalmente nas casas.
Com conversões e mais conversões, John Wesley sempre acreditou que a melhor de desenvolver a vida cristã seria em grupos pequenos (células). Para produzir eficazmente discípulos que fazem discípulos intencionalmente se fez necessário capacitá-los para ensinar a outros. Wesley investiu no ministério apóstolo, profético, pastoral, evangelístico e magistral de cada um de seus discípulos.
Com a reforma protestante, ergueu-se a bandeira do Sacerdócio Universal de todos os crentes
(pregado na semana passada).
Veja que uma igreja “pastorcentrica” onde tudo fica
nas costas do pastor, deixa de ser “Cristocêntrica”. Cristo reparte os dons
para que todos exerçam o ministério. Precisamos uns dos outros. Assim
sendo, Wesley vai criar as sociedades,
classes e bandas:
a.Sociedades
– Representava o total dos membros metodistas num certo local. O equivalente,
hoje, seria uma igreja local, comunidade ou um ponto de pregação.
b.Classe – Todas as pessoas que
mostrassem interesse em filiar-se a uma sociedade metodista tinham que entrar
numa classe (célula).
c.Bandas
– Eram grupos com poucas pessoas onde uma cuidava da outra
como num discipulado um a um. Seria
equivalente hoje aos grupos de mentorias que temos praticado.
As classes, similares às células de hoje reuniam de
10 a 15 pessoas semanalmente em cada uma delas com o sério compromisso de promoverem
o m útuo crescimento espiritual, aprendendo o que evitar e o que buscar,
fazendo bom uso dos meios de graça.
Estando abertos para confessarem seus vícios e pecados,
abertos também a repreensão para
vencerem suas fraquezas com o paoio de Cristo e da comunidade da fé em uma atmosfera de amor, graça e misericórdia,
onde os líderes também confessavam seus pecados. Quando pensamos nas células,
devemos levar em consideração as seguintes questões que devem ser encaradas por
cada um de nós como desafios:
1.Quem são as pessoas que lhe amam a ponto de orar
por você todos os dias?
2.Tais pessoas oram para que você seja semelhante a
Cristo?
3.elas estão dispostas a fazer-lhe perguntas
difíceis?
4.Preocupam-se com você a ponto de advertir-lhe quando
não anda semelhante a Cristo?
Valorize as
células porque...
I.As células são como sementes do Reino de Deus que
germinam e impactam o mundo ao seu redor;
II.Podemos
pensar em algo como uma revolução espiritual de caráter pactual, através da
radicalização de suas ações e palavras, comprometidas com os valores do
Evangelho o Reino, para que a Igreja possa, com autoridade, desafiar o espírito
de pecado e injustiça que tem dominado a sociedade em geral.
*Trechos da palestra do Bispo Ildo Mello e minhas anotações pessoais.