domingo, 1 de fevereiro de 2015
Romper a familiarização com a Presença de Deus - II Samuel 6:1-11
Tema: Romper a familiarização com a Presença de Deus
II Samuel 6:1-11
Irmãos e irmãs, a
mensagem de hoje visa o despertamento para a Presença de Deus, resgatando o seu
significado e o seu impacto em nossas vidas.
Para compreendermos
o texto aqui mencionado é importante que entendamos o significado da Arca da
Aliança e um pouco da sua história.
A Arca da Aliança
representa a presença de Deus no meio do seu povo. Deus mandou que ela fosse
feita de madeira acácia e coberta de ouro puro por dentro e por fora. Ordenou
que fundisse nela quatro argolas de ouro em cada ponta por onde passaria os
dois varais também feitos de madeira acácia e coberta com ouro puro, pois, por
meio daqueles varais ela deveria ser carregada (Êxodo 25:10-16). Como ela representava a Presença de Deus, deveria
ficar no lugar santíssimo no tabernáculo, o Santo dos Santos separado pelo véu (Êxodo 26:33). Cabia à tribo de Levi,
segundo a orientação do Senhor, de carregar a Arca (Deuteronômio 10-8-9).
Nos tempos dos
juízes, os líderes espirituais dos israelitas viviam em pecado e desmoralizando
as coisas de Deus, os filhos de Eli, Hofni e Finéias. Se assim viviam os
líderes espirituais, imagine o povo por eles guiado. Então, os israelitas
saíram em peleja contra os filisteus perdendo a primeira batalha. Os anciãos,
perplexos porque Deus permitira que perdessem a batalha, decidem levar a Arca
para o campo de batalha. Eles usam a presença de Deus, mas o resultado foi a
morte de Hofni e Finéias e a arca tomada pelos filisteus (I Samuel 4). A Arca fica na casa de Dagom, deus dos filisteus que,
para espanto deles, a cada madrugada estava prostrado diante da Arca, diante da
Presença de Deus. Eles são acometidos de úlceras. A Arca que saira de Ebenézer,
que significa Pedra de Auxílio, agora estava entre os filisteus e lá estava se
tornando para eles uma pedra de tropeço (I
Samuel 5:1-12). A Arca, então, é levada de lá para a casa de Abinadabe, da
tribo de Judá em Quiriate-Jearim e lá permanecerá 20 anos (I Samuel 7:1-2).
Davi, conforme o
texto que lemos, com uma boa intenção decide levar a arca para Jerusalém,
entretanto, Davi carrega num carro novo. Os bois tropeçam, Uzá segura a Arca e
morre. Uzá era filho de Abinadabe e certamente cresceu com a arca em sua casa
que lá ficou 20 anos. Com isso, vamos a algumas lições e atitudes que precisamos
observar em nossa vida para romper com a familiarização com a Presença de Deus.
1.Resgate a expectativa e o temor pelas coisas de Deus
(v.6)
Uzá estava
acostumado com a Arca na sua casa. Ele perdeu com esses 20 anos a noção de
valor. Quando nos acostumamos com as coisas, nós as ignoramos. Crescer na
igreja, fazer as mesmas coisas sempre sem perceber a noção da Sua Presença pode
nos levar a perda do impacto. Podemos dizer: “Já vi isso demais na igreja.”
Mais um culto de domingo, mais uma vigília, mais uma atividade qualquer se não
há mais expectativa pelas coisas de Deus, significa que nos acostumamos,
estamos familiarizados e com o tempo, tal qual Hofni e Finéias, podemos querer
usar a Presença de Deus como um amuleto.
Adabe e Abiú
apresentaram fogo estranho no altar porque acreditavam que podiam fazer de
qualquer jeito as coisas de Deus na Sua Presença. O resultado de todos eles foi
morte. Temos que ser como crianças e estarmos cheios de expectativas na
Presença de Deus.
Reflexão: O que a
presença de Deus tem significado para você hoje? Como está seu coração quando
você chega no prédio para cultuar? Você que lidera, como tem feito a obra de
Deus? Como temos nos portado na Presença de Deus? Fazer as coisas de Deus no
automático todos os domingos não tem lhe trazido temor?
2.Resgate a essência de uma vida de culto a Deus
(v.3-5)
Pelo que vemos no
texto o culto está bem animado. Eles resolvem carregar a Arca em um carro novo,
que simboliza o melhor deles para a presença de Deus. Eles estão se alegrando
perante o Senhor com todo tipo de instrumentos, mas a pessoa principal do culto
não estava muito feliz com o que estava vendo. Uma vida sem culto é um culto
sem vida. O que vemos aqui é pura religiosidade. Não adianta adorar a Deus e
querer dar o melhor se não estiver segundo os seus padrões. Sem os padrões de
Deus, o culto pode ser emocionante, mas não significa nada. Se Deus não está recebendo
aquele culto, apesar da alegria deles na presença do Senhor, significa que há
na verdade irreverência. O que traz reverência é o temor. O que traz temor é a
obediência à Deus. Obediência a Deus gera culto na vida e vida no culto. O que
Deus não recebe está invadindo o culto e se invade o culto é irreverência. O
irreverente não liga para o que está acontecendo na presença de Deus. Excesso
de espontaneidade fala de irreverência, isto é a banalização a Presença de
Deus. Por isso, é tempo de resgatar uma vida de culto a Deus.
Reflexão: Como é
o seu culto a Deus? Ele se caracteriza pela reverência, de um coração que vive
segundo os seus padrões, ou há irreverência em entrar na sua Presença acostumado
com aquilo que ofende a Presença Dele? O que você precisa resgatar hoje para
experimentar um avivamento pessoal e seu culto ser cheio de vida e sua vida ser
um grande culto a Deus?
3.Resgate uma vida de obediência por amor ao nosso
Deus (v.6)
Existem duas
maneiras de desobedecer a Deus: I. Deus mandou e você não fez; II. Deus não
mandou e você fez mesmo assim. Isso é típico de quem perdeu o temor ou, se
preferir, se acostumou com a Presença de Deus, se acostumou com as coisas de
Deus. O resultado é sempre morte. Morte
ministerial, morte da fé, morte dos sonhos, enfim, morte. A obra de Deus não
morre, mas aquele que perdeu o temor, ou se preferir, se acostumou a viver no
piloto automático as coisas de Deus, pode morrer sim.
a.primeiro:
Eles carregam a Arca sobre carros de bois. Deus estabeleceu que ela deveria ser
carregada pelos letivas sobre os varais. Carregaram da forma que não deveria
carregar.
b.segundo:
Uzá era da tribo de Judá e não da tribo de Levi. Fez o que não devia fazer.
Aprendemos que
Deus se importa e muito com o COMO FAZEMOS A SUA OBRA. O como de Deus tem a ver
com os seus mandamentos. Deus deseja OBEDIÊNCIA DE CORAÇÃO.
Não vamos nos
acostumar com o agir de Deus. Vamos manter o coração singelo. Lá no céu não
poderemos apresentar desculpas, pois, Deus já estabeleceu o COMO. O que mantém
o nosso coração sedento por Deus é a obediência.
Reflexão: Tenho
obedecido aos mandamentos do meu Deus? Como tenho feito Sua obra? Reflete seus
parões? Minha vida
reflete essa obediência e tem mantido o meu coração sedento por Sua Presença?
Conclusão
Deus deseja ter
histórias profundas conosco através da Sua Presença. Sua GRAÇA se manifesta em
Cristo para todo aquele que hoje reconhecer sua condição, se arrepender e
voltar ao primeiro amor. O segredo para não se acostumar com a presença de Deus
é manter o coração singelo, puro e humilde. Talvez você precise hoje resgatar
aquela expectativa pela presença de Deus que só sentimos quando vamos ao ACAMPAMENTO.
Deus não quer que você sinta isso uma vez por ano, mas todos os dias. Talvez
você precise restabelecer o altar no seu coração para que sua vida seja um
culto a Deus, ou, talvez você precise resgatar aquela vida de obediência. Este
é o convite de Jesus para você. DESFRUTAR DA SUA PRESENÇA É TUDO!
Rompa hoje a
familiarização com a Presença de Deus. Viva no NOVO DE DEUS!
Rodrigo
Rodrigues Lima
Pastor
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